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No meio do impasse da VW, o ministro da Economia da Baixa Saxônia, Olaf Lies, manifestou expectativas para a empresa. "É crucial que todos colaborem e elaborem estratégias para navegar nessa situação complexa", declarou Lies na comissão econômica do parlamento estadual. "É fundamental que as discussões deixem claro que não haverá fechamentos de fábricas."
Lies destacou que o tratamento público da empresa com as preocupações e reservas dos funcionários foi incomum. Ele considerou isso "questionável e não alinhado com a abordagem usual da empresa".
340.000 trabalhadores no setor automotivo da Baixa Saxônia
A Volkswagen é considerada a espinha dorsal da indústria da Baixa Saxônia, segundo o ministério da Economia. Cerca de 340.000 pessoas trabalham no setor automotivo na Baixa Saxônia, com cerca de 100.000 empregadas pelo grupo VW. Agora, segundo Lies, três aspectos essenciais devem ser assegurados: durabilidade, competitividade e comercialização.
A inflação levou a uma "austeridade financeira extrema", como Lies colocou. Além disso, há uma discussão societal em andamento sobre a validade da eletromobilidade. "De fato, a eletromobilidade é válida", enfatizou o político. A VW não vê alternativa senão seguir em frente com a e-mobilidade de forma consistente. O mercado requer estímulo; incentivos para a compra de carros elétricos, por exemplo, benefícios fiscais, são essenciais.
Lies: só ficou sabendo da reunião interna alguns dias antes
Quando questionado sobre quando ficou sabendo dos problemas, Lies revelou que ficou sabendo em 30 de agosto que haveria uma reunião interna na VW na segunda-feira, seguida de divulgação pública de informações. Nenhum detalhe lhe foi fornecido.
A empresa anunciou três dias depois que eram necessárias economias significativas na marca principal. O plano inicial de cortes de empregos através da aposentadoria antecipada e pacotes de separação tornou-se insuficiente para atingir os objetivos financeiros. O fechamento de fábricas e cortes de empregos na marca principal VW não são mais descartados.
CDU desafia a posição do governo estadual
O líder do grupo parlamentar da CDU, Sebastian Lechner, instou à ação: "Nossa expectativa para o governo estadual também é que ele comunique claramente que, se quisermos permanecer o centro automotivo, também precisamos ter uma estratégia para o setor automotivo". O governo da coalizão vermelho-verde deve defender uma mudança na estratégia automotiva em Berlim e Bruxelas, disse Lechner. "Isso significa tecnologia-agnóstico, longe de restrições dogmáticas, passando de zero emissões para climaticamente amigável e neutro em carbono", afirmou.
A Baixa Saxônia detém 20% dos direitos de voto no grupo VW. O ministro-presidente Stephan Weil (SPD) e seu vice, Julia Willie Hamburg (Verdes), servem no conselho de supervisão para o estado. Junto com os representantes dos funcionários, eles têm maioria e direito de veto para decisões cruciais.
Dado os preocupações da CDU em garantir a posição da Baixa Saxônia como um centro automotivo, Sebastian Lechner, líder do grupo parlamentar da CDU, instou o governo estadual, especialmente o SPD, a defender uma estratégia automotiva mais flexível e tecnologia-agnóstico em Berlim e Bruxelas.