O ministro das Finanças, Bayaz, insiste na reforma do travão da dívida
Na sequência do acórdão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento, o Ministro das Finanças, Danyal Bayaz, apelou a uma reforma do travão da dívida. "Precisamos de atualizar as regras da dívida, se queremos investir no futuro do país, aumentar as despesas com a defesa como prometido, garantir a reestruturação do nosso abastecimento de energia a longo prazo e também pagar as dívidas com taxas de juro crescentes", disse o político dos Verdes à agência noticiosa alemã, na quarta-feira.
Bayaz defendeu a criação de uma comissão de federalismo composta pelos governos federal e estaduais, que deveria trabalhar com especialistas para desenvolver opções de reforma. Uma regra de investimento no âmbito do travão da dívida poderia evitar orçamentos-sombra e permitir investimentos futuros necessários a partir do orçamento de base, sem um novo aumento acentuado das despesas de consumo.
O Tribunal Constitucional Federal já tinha decidido na quarta-feira que o governo federal não pode utilizar fundos destinados a combater a crise do coronavírus para a proteção do clima. A alteração ao orçamento suplementar de 2021 é, por isso, inconstitucional. O grupo parlamentar da CDU/CSU no Bundestag interpôs, assim, com sucesso, uma ação judicial contra a reafectação. Devido à situação de emergência durante a pandemia do coronavírus, o governo federal aumentou posteriormente o orçamento de 2021 em 60 mil milhões de euros sob a forma de uma autorização de crédito. Em tais situações excepcionais, é possível contrair empréstimos apesar do travão da dívida.
Fontewww.dpa.com