Ministro planeia primeiro centro de saída: Os Verdes estão preocupados
O primeiro centro de acolhimento de refugiados em Brandeburgo poderá ser inaugurado no próximo ano, segundo o ministro do Interior, Michael Stübgen (CDU). "O primeiro centro deste género poderá entrar em funcionamento já em 2024", disse o porta-voz do ministério, Andreas Carl, à agência noticiosa alemã. "As considerações actuais não são para integrar instalações de saída no centro de acolhimento inicial, mas para favorecer a cooperação com instalações municipais nos distritos e cidades independentes". No entanto, os planos são controversos no seio da coligação vermelho-preto-verde.
O ministro quer acelerar o repatriamento dos migrantes que são obrigados a abandonar o país e abrir três centros em Brandenburgo. Tenciona alojar os refugiados com obstáculos à deportação, como a falta de documentos de substituição do passaporte, em centros de alojamento partilhados. De acordo com as suas próprias declarações, pretende também evitar que os migrantes registados para repatriamento só apareçam ocasionalmente quando têm de lidar com as autoridades.
As partidas voluntárias devem ser encorajadas, mas os regressos contra a vontade das pessoas afectadas também devem ser forçados. Atualmente, existem cerca de 4.500 pessoas em Brandeburgo que são obrigadas a abandonar o país. Stübgen citou Schleswig-Holstein como modelo para o projeto.
Os Verdes no parlamento estatal consideram que os centros municipais de partida são problemáticos por várias razões. "O alojamento de pessoas que têm de deixar o país em instalações municipais não é legalmente possível ao abrigo da Lei de Acolhimento do Estado", disse à dpa a líder do grupo parlamentar dos Verdes, Petra Budke. "Só o Estado pode criar instalações para a deportação".
A deputada dos Verdes criticou o facto de Stübgen ainda não ter apresentado um conceito. Na sua opinião, a comparação com Schleswig-Holstein não é válida: existem apenas alguns lugares para aqueles que são obrigados a deixar o país no centro de acolhimento inicial, disse Budke. Criticou também uma razão: "Os regressos falham por muitas razões, mas raramente porque as pessoas não podem ser encontradas".
Fontewww.dpa.com