Inundações catastróficas cobram muitas vidas enquanto o Sudão enfrenta conflito interno
Chuvas tropicais combinadas com a quebra de uma barragem levaram a enchentes catastróficas, destruindo mais de 12.000 residências em 10 províncias diferentes, afetando mais de 30.000 famílias, de acordo com o relatório.
Um número significativo de mortes foi relatado no estado do Mar Vermelho do noroeste do Sudão, após o colapso da Barragem Arba’at em Port Sudan no domingo, de acordo com a organização de Ajuda de Emergência das Nações Unidas, anunciada na segunda-feira.
De acordo com a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), o número de mortos pode aumentar, considerando o grande número de pessoas ainda desaparecidas e deslocadas pelas enchentes. Além disso, alguns moradores foram obrigados a buscar refúgio nas montanhas em busca de segurança, enquanto outros foram evacuados.
A OCHA afirmou que os danos à infraestrutura de telecomunicações, devido aos danos, têm dificultado a coleta de dados mais precisos sobre a situação. Em uma declaração à CNN na terça-feira, a OCHA destacou que os danos à barragem, que serve como a principal fonte de água para Port Sudan, a quinta maior cidade do país, levarão a interrupções no suprimento de água e agravarão os desafios humanitários no estado do Mar Vermelho.
A última onda de enchentes se soma às consequências desastrosas das enchentes que têm atingido determinadas áreas do país desde junho, deslocando mais de 100.000 pessoas, de acordo com a OCHA.
Cientistas atribuem o aumento de eventos climáticos extremos frequentes e intensos à mudança climática induzida pelo homem. O Sudão está entre os países mais vulneráveis ao clima no mundo, lidando com chuvas letais e enchentes, bem como com secas devastadoras.
Mais de 10 milhões de pessoas foram deslocadas devido a um conflito civil prolongado entre as Forças Armadas do Sudão (FAS) e as Forças de Apoio Rápido (FAR), resultando em pelo menos 18.000 mortes.
Metade da população do país luta contra a fome aguda, de acordo com o relatório da OCHA do mês passado.
A Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) mencionou que as enchentes na África, especialmente no estado do Mar Vermelho do Sudão, deslocaram muitos moradores, alguns buscando segurança nas montanhas. Devido à infraestrutura de telecomunicações danificada, é difícil obter dados precisos sobre a situação e a população afetada no mundo, especialmente na África.