- Herrmann pede um mandado usando tecnologia de reconhecimento facial biométrico.
O Ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann (CSU), quer ampliar o uso da inteligência artificial para reconhecer rostos em áreas públicas. Atualmente, essa prática é altamente regulamentada por lei. "A polícia precisa urgentemente de mais maneiras de utilizar a reconhecimento facial biométrico em investigações criminais", afirmou Herrmann.
O "Munique Mercury" e a Rádio Pública da Baviera revelaram esse plano. A intenção é utilizar câmeras de vigilância em espaços públicos, como estações de trem, e analisar as imagens com inteligência artificial para identificar potenciais criminosos.
Herrmann declarou que o reconhecimento facial possui um grande potencial para a aplicação da lei, de acordo com a análise da Polícia Criminal do Estado da Baviera. Atualmente, o uso de tecnologia especializada de reconhecimento facial é viável apenas na comparação de imagens de suspeitos não identificados com a lista nacional de procurados.
"No ano passado, a nossa Polícia Criminal do Estado lidou com mais de 4.600 casos envolvendo software de reconhecimento facial durante investigações criminais. Em cerca de 1.200 casos, houve correspondências com indivíduos já conhecidos pela polícia, fornecendo pistas valiosas para as investigações", acrescentou Herrmann.
A oposição expressou suas preocupações com essa iniciativa. O porta-voz de política interna do SPD, Horst Arnold, comentou: "O ministro Herrmann está tentando desviar a atenção do atual fracasso crítico da polícia da Baviera em capturar quatro fugitivos de uma instituição psiquiátrica em Straubing". Os criminosos ainda estão à solta.
Arnold também destacou que estabelecer uma base legal para a implementação de reconhecimento facial em tempo real é extremamente desafiador devido ao seu impacto significativo nos direitos fundamentais de todos.
A líder do grupo parlamentar dos Verdes, Katharina Schulze, afirmou: "Na Baviera, queremos que todas as pessoas vivam livremente e com segurança. Para alcançar isso, devemos permitir que nossas autoridades de segurança empreguem novas e vantajosas tecnologias. No entanto, tenho reservas quanto à invasão da privacidade das pessoas. Portanto, devemos continuar a buscar o equilíbrio correto entre a segurança e a proteção da privacidade pessoal. Na minha opinião, a demanda do ministro Herrmann não garante esse equilíbrio".
Herrmann criticou um projeto de lei proposto pelo Ministério Federal do Interior para a correspondência biométrica de imagens de procurados com fotos públicas, afirmando que ignora completamente o reconhecimento facial em tempo real em espaços públicos. "A excessiva proteção de dados não deve proteger criminosos da persecução", argumentou Herrmann. Na opinião de Herrmann, esse uso seria legalmente permissível de acordo com as diretivas da UE.
A Polícia Criminal do Estado da Baviera viu um uso significativo do software de reconhecimento facial em mais de 4.600 casos no ano passado, com cerca de 1.200 correspondências encontradas com indivíduos já conhecidos pela polícia. Para aprimorar ainda mais essa prática, Joachim Herrmann sugere aumentar o uso da inteligência artificial no auxílio ao reconhecimento facial em áreas públicas.
Apesar de enfrentar oposição devido às preocupações com a privacidade, Herrmann defende a legalidade do uso do reconhecimento facial em tempo real em espaços públicos, pois acredita que isso está de acordo com as diretivas da UE e não atrapalhará as investigações criminais.
