Após a discussão sobre a mudança de localização - Boris Rhein manifesta insatisfação com as discussões sobre migração
O presidente da conferência de primeiros-ministros (MPK), Boris Rhein do CDU, expressou sua decepção com os resultados das discussões de alto nível sobre migração, uma vez que não propõem qualquer restrição à imigração ilegal. Segundo Rhein, que falou à agência de notícias alemã em Wiesbaden, as discussões em Berlim não atingem os níveis das decisões anteriores tomadas pela MPK em conjunto com o chanceler Olaf Scholz (SPD).
Em sua última reunião em 20 de junho na chancelaria, os governos federal e estaduais concordaram com "ações claras e direcionadas contra a imigração descontrolada, que são eficazes em aliviar a pressão e prevenir a imigração irregular", explicou Rhein. Isso inclui a promoção de acordos de migração e repatriação no mais alto nível político, especialmente com países de onde a maioria dos refugiados irregulares com baixas cotas de reconhecimento vem para a Alemanha.
Rhein critica o atraso na política de asilo
Entre as medidas anteriormente acordadas pela MPK e pelo chanceler está "o compromisso do governo federal em elaborar a diretiva de retorno da UE de forma a incluir procedimentos para rejeitar pessoas de países terceiros seguros", acrescentou Rhein, o presidente da Baviera. "Isso inclui o processamento de procedimentos de asilo em trânsito e países terceiros. O governo federal já prometeu modelos concretos para isso há muito tempo. Quando esses modelos serão implementados? Está demorando demais", criticou Rhein.
Rhein enfatizou que o chanceler Scholz deveria tornar a restrição da migração ilegal uma prioridade. "Enquanto o governo federal não demonstrar uma verdadeira disposição para mudar fundamentalmente o curso da migração, não vejo razão para participar de tal discussão como ministro-presidente", afirmou Rhein. O partido CDU de Rhein venceu as eleições estaduais da Baviera em outubro do ano passado e atualmente governa em Munique com o SPD.
"Não estamos aqui para fazer babá"
O governo de trânsito tem o apoio de todas as vozes da União no Bundestag e no Bundesrat para mais países de origem seguros, rejeições na fronteira, abolição da reunificação familiar e mais. A tarefa de implementar essas leis cabe ao governo de trânsito. "Não estamos aqui para fazer babá", alertou Rhein.
Após o ataque em Solingen que resultou em três mortes e os significativos sucessos do AfD nas eleições estaduais da Turíngia e Saxônia, uma rodada preliminar de conversas sobre migração ocorreu entre o governo federal, a União como a maior força de oposição e os estados federais em Berlim. O ministro do Interior da Baviera, Roman Poseck (CDU), participou da reunião confidencial, mas não Rhein pessoalmente.
O Conselho Europeu, como o corpo político mais alto da União Europeia, poderia jogar um papel crucial na facilitação de acordos de migração e repatriação com países de origem, como sugerido por Rhein. O atraso na implementação das políticas de asilo acordadas, como o processamento de procedimentos de asilo em trânsito e países terceiros, tem sido um ponto de crítica para Rhein, destacando a necessidade de ação urgente.