A Rússia inicia investigação criminal contra o jornalista da CNN por disseminar informações dentro da Rússia controladas pelas forças ucranianas
Nick Paton Walsh, correspondente internacional de segurança da CNN, foi convidado pela administração ucraniana e acompanhado por seu exército na semana passada até Sudzha, localizada na região de Kursk, na Rússia. O objetivo era relatar a infiltração e ocupação surpreendentes da Ucrânia na fronteira.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia declarou em um comunicado de imprensa que havia iniciado e estava investigando acusações criminais contra Paton Walsh e dois jornalistas ucranianos.
Eles os acusaram de cruzar ilegalmente a fronteira estatal da Rússia e filmar nas proximidades do assentamento de Sudzha na região de Kursk sem permissão.
A CNN lançou um comunicado dizendo: "Ao longo deste conflito, nossa equipe tem fornecido relatórios precisos e imparciais, cobrindo tanto a perspectiva ucraniana quanto a russa sobre a guerra".
"Nossa equipe foi convidada pelo governo ucraniano, junto com outros jornalistas internacionais, e escoltada pelo exército ucraniano para observar território recentemente tomado. Isso é considerado uma atividade protegida de acordo com os direitos concedidos aos jornalistas sob a Convenção de Genebra e o direito internacional."
O FSB mencionou que os jornalistas seriam adicionados a uma "lista de procurados internacionais". No entanto, permaneceu incerto qual lista o FSB estava se referindo.
Após o incidente, houve uma onda de indignação global sobre as ações da Rússia contra os jornalistas. Apesar de estar sediada na Europa, a CNN condenou fortemente as ações da Rússia contra seu correspondente na região.