- A legislação de protecção da habitação na MV é rejeitada
Três anos atrás, a legislatura estadual em Schwerin aprovou uma lei proibindo a transformação de apartamentos em aluguel de férias em certas áreas, especialmente aquelas com oferta limitada de moradia acessível. Embora os municípios possam proibir tais conversões por meio de ordens, a lei permanece pouco utilizada até junho de 2024, segundo a resposta do governo estadual a uma consulta da parlamentar estadual independente Eva Maria Schneider-Gärtner.
A razão por trás da inação do governo em fazer cumprir a lei permanece incerta, apesar da escassez generalizada de moradia em muitas regiões turísticas. A resposta do governo estadual apenas afirma que o objetivo da lei era permitir que os municípios emitissem ordens de uso específicas, uma meta que alega ter alcançado através da lei de uso específico de Mecklenburg-Vorpommern.
Preocupações práticas
A Associação de Cidades e Municípios critica a impracticalidade da lei, apontando obstáculos altos e esforços burocráticos significativos envolvidos na emissão de uma ordem para prevenir conversões de apartamentos. Eles argumentam que a crise habitacional existente não pode ser aliviada por meio de tais medidas.
Coleta e monitoramento extensivos de dados são um dos muitos desafios que a lei apresenta, e um município só pode emitir uma ordem se não houver alternativas economicamente viáveis para abordar a escassez de moradia no futuro previsível. Esse requisito só será esclarecido em caso de disputa legal sobre a negação de uma permissão para conversão de apartamentos.
CDU: Revogar a lei
De acordo com a Associação de Cidades e Municípios, conversões ilegais de apartamentos permanentes em aluguel de férias são comuns em municípios dominados por turistas. Eles argumentam que a lei de uso específico de Mecklenburg-Vorpommern é uma solução ineficaz para esse problema.
A oposição da CDU no parlamento estadual propõe a revogação da lei devido às preocupações de que ela cria burocracia desnecessária. O líder do partido, Daniel Peters, mantém que o governo estadual deveria ter reconhecido que ordens de preservação baseadas em uma lei federal já estavam em vigor em Rostock.
SPD: Oferecer, não obrigar
Enquanto o SPD apoia a manutenção da lei, considera-a uma opção e não uma obrigação para os municípios. Rainer Albrecht, líder do grupo parlamentar da partido no poder, explica que os municípios devem ser fornecidos com a oportunidade de proteger sua moradia. A lei, argumenta Albrecht, proporcionou essa oportunidade sem criar burocracia adicional, mas estabelecendo mecanismos de segurança para auxiliar os municípios em potenciais disputas legais.
A escassez contínua de moradia em regiões turísticas destaca ainda mais a necessidade do governo estadual de abordar a impracticalidade da lei, como citado pela Associação de Cidades e Municípios. Apesar do objetivo da lei de permitir que os municípios emitam ordens de uso específicas, os obstáculos altos e os requisitos de coleta de dados extensivos tornam difícil para os municípios efetivamente prevenir conversões de apartamentos.
Os desafios práticos da lei, juntamente com sua eficácia percebida em lidar com conversões ilegais, levaram a oposição da CDU a propor sua revogação, com o objetivo de minimizar a burocracia desnecessária.