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Pequim denuncia vigorosamente a futura imposição de impostos da UE sobre veículos elétricos.

A empresa de fabricação chinesa BYD está sujeita a uma alíquota inicial de 17,4% de tarifa.
A empresa de fabricação chinesa BYD está sujeita a uma alíquota inicial de 17,4% de tarifa.

Pequim denuncia vigorosamente a futura imposição de impostos da UE sobre veículos elétricos.

Bruxelas e Pequim vêm travando uma disputa sobre tarifas em veículos elétricos chineses há algum tempo. Recentemente, a UE revelou algumas modificações - a ideia de pagamentos retroativos foi descartada. No entanto, a China permanece firmemente oposta a essas tarifas. "A China condena firmemente essa medida e está profundamente preocupada com ela", declarou o Ministério do Comércio em Pequim. Eles expressaram a esperança de que a UE engaje em diálogo sensato e prático com a China para evitar qualquer escalada nas disputas comerciais.

A investigação antidumping da UE supostamente vai contra as disposições da Organização Mundial do Comércio e representa uma vantagem desleal disfarçada de competição justa, acrescentou o Ministério do Comércio chinês. A UE não deu a devida consideração às vistas da China em sua decisão final e persiste em suas táticas questionáveis, queixou-se o Ministério.

Durante a investigação, Pequim e o setor automotivo supostamente apresentaram documentos legais e provas para desafiar as práticas injustas da UE. Segundo o Ministério do Comércio chinês, ambas as partes tiveram mais de dez discussões sobre o assunto desde junho. A estratégia controversa da Comissão Europeia ameaça desestabilizar a cadeia de suprimentos global desse setor e prejudicar os consumidores europeus, alertou a autoridade chinesa.

Estados-membros da UE devem votar sobre tarifas

A UE inicialmente declarou que não aplicaria tarifas adicionais iniciais em veículos elétricos chineses. Inicialmente, havia planos para impor tarifas de compensação retroativa substanciais devido ao fato de que veículos elétricos chineses, entre outros, desfrutavam de subsídios distorcidos. As taxas de tarifa estabelecidas pela autoridade também foram ligeiramente alteradas. Em muitos casos, houve uma ligeira diminuição e as tarifas agora variam entre 36,3% e até 36,3%, tornando-se efetivas até o final de outubro por um período inicial de cinco anos. Para grandes fabricantes como BMW, VW e Tesla que produzem na China, aplicam-se taxas mais baixas.

A Comissão Europeia alega que a China fornece auxílio financeiro ilegal a seus fabricantes e teme efeitos adversos em produtores europeus, como fechamentos de plantas ou perdas de empregos. No entanto, as condições necessárias para a cobrança de tarifas retroativas já não existem, de acordo com a Comissão. Se as tarifas punitivas de fato se materializarão, será revelado até o final de outubro. Esta decisão deve ser ratificada pelos 27 Estados-membros da UE, mencionou a Comissão.

As negociações com Pequim ainda são uma possibilidade para evitar as tarifas, destacaram os oficiais da comissão. Até agora, essas discussões não produziram resultados positivos. Em vez disso, a China levou a disputa à Organização Mundial do Comércio (OMC) no início de agosto. Os fabricantes agora têm uma janela de dez dias para apresentar seus comentários. Após isso, a Comissão Europeia submeterá sua proposta aos Estados-membros para uma decisão final.

A decisão da UE de impor tarifas em veículos elétricos chineses encontrou forte oposição da China, com o Ministério do Comércio chinês expressando suas preocupações sobre as supostas práticas injustas da UE e o desconsiderar das vistas da China. A disputa sobre tarifas entre a UE e a China é uma questão que requer a aprovação de todos os 27 Estados-membros da UE antes que qualquer ação possa ser implementada.

Apesar das negociações em andamento entre a UE e a China para evitar as tarifas, a estratégia controversa da Comissão Europeia, se implementada, pode potencialmente desestabilizar a cadeia de suprimentos global do setor de veículos elétricos e prejudicar os consumidores europeus.

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