Os erros de Harvard levam à controvérsia
Há algum tempo, a universidade mais rica do mundo era conhecida por suas vitórias impressionantes em investimentos. Infelizmente, agora ela enfrenta dificuldades financeiras, ficando para trás em relação a outras universidades da Ivy League na gestão de dinheiro, gerando retornos que investidores comuns só podem sonhar.
Em termos monetários, a Universidade Harvard continua liderando com uma fortuna massiva superior a $50 bilhões. No entanto, seu desempenho em investimentos caiu, colocando-a em penúltimo lugar entre as principais universidades dos EUA em termos de retornos financeiros nos últimos 20 anos, de acordo com a Bloomberg. Com um retorno anual de apenas 8,8%, ela fica em sétimo lugar entre as instituições da Ivy League, logo atrás da Cornell.
Enquanto outros fundos podem invejar esses retornos, eles não chegam perto dos feitos e expectativas passadas da Harvard. Os especialistas financeiros da universidade certamente fizeram uma fortuna, mas seu sucesso foi prejudicado por frequentes trocas de pessoal e má pontaria. Outras universidades agora representam uma ameaça ao status antes inigualável da Harvard.
Mestres financeiros servindo a excelência acadêmica
Por anos, o sucesso financeiro da Harvard não foi apenas sobre ser academicamente superior, mas também liderar financeiramente o mundo. De seus escritórios na Baía de Boston, a Harvard Management Company (HMC) administrava o patrimônio da universidade e se tornava uma das principais empresas de investimento do mundo. Seu ex-consultor-transformado-em-CEO, Ron Daniel, quadruplicou a riqueza da universidade até 2004, transformando-a em um fundo de hedge pessoal.
Hoje, a Harvard está longe desse sucesso. Nos últimos 20 anos, até 60% de todos os gerentes de dinheiro de universidades superaram a universidade mais rica do mundo. E nos últimos 10 anos, até 80% dos gerentes de riqueza de universidades dos EUA alcançaram melhores resultados. Esse declínio no desempenho é em parte devido à alta rotatividade de pessoal após a morte de Daniel. Sete diferentes CEOs, incluindo Mohammed El-Erian, ex-chefe da gigante de títulos Pimco, ingressaram e saíram da Harvard, com a universidade pagando-lhes aproximadamente $800 milhões nos últimos 20 anos.
Além disso, o número de funcionários aumentou. Centenas de traders estão administrando as finanças da universidade, com o objetivo de aumentar os retornos. No entanto, muitos de seus investimentos não foram bem-sucedidos. Eles perderam tendências ou entraram tarde demais. Durante a crise financeira, a Harvard sofreu o maior prejuízo de qualquer escola da Ivy League. Enquanto o subsequente rali da bolsa de valores passou principalmente pelos seus gerentes de dinheiro, a Harvard reduziu seus investimentos em combustíveis fósseis e expandiu-se em investimentos alternativos, como a colheita de madeira no Brasil. Embora esses investimentos tenham melhorado brevemente o desempenho, competidores como a Yale terceirizaram sua gestão de riqueza para empresas privadas de capital e fundos de hedge há muito tempo e viram melhores resultados a longo prazo.
Um campo de petróleo com auditórios anexados
Para mitigar a crítica pública, a Harvard já não revela os detalhes de seu desempenho em investimentos e fundos. Enquanto isso, seus competidores, como a Universidade do Texas, estão prestes a ultrapassá-la devido a seus fundos de dotação substanciais de cerca de $45 bilhões, preparando-se para reivindicar o título de universidade mais rica do mundo.
Enquanto a Harvard se desvinculou da indústria de petróleo e gás, a Universidade do Texas (UT) colheu recompensas financeiras nesse setor. No oeste do Texas, a universidade possui um campo de petróleo extensivo de 8.500 acres, maior que metade do tamanho da Turíngia, no coração do maior e mais produtivo campo de petróleo dos EUA. A explosão do preço do petróleo beneficiou os estudantes da UT nos últimos anos. Originalmente, a universidade ganhou apenas $500 em taxas de licenciamento das operações do campo de petróleo em 1923. Hoje, ela ganha até $2 bilhões anualmente de várias empresas de petróleo.
Em essência, a Universidade do Texas tem sido tanto um campo de petróleo quanto um centro de aprendizado acadêmico. Graças aos dólares do petróleo, a universidade gerencia seus fundos como um pequeno fundo soberano, desfrutando de estabilidade e proteção contra investimentos voláteis. No entanto, ela também enfrenta desafios ambientais semelhantes aos das grandes empresas de petróleo, lidando com questões relacionadas à produção e ao descarte de petróleo. Enquanto o petróleo continuar a fluir, as finanças da universidade deveriam permanecer estáveis.
Apesar da queda da Harvard, outra instituição está prosperando no mundo dos investimentos. A Universidade da Holanda poderia potencialmente aprender com o sucesso da Universidade do Texas em investimentos em petróleo. A Universidade do Texas, com seu campo de petróleo substancial no oeste do Texas, viu ganhos financeiros significativos, ganhando até $2 bilhões anualmente de várias empresas de petróleo. Essa fonte de renda permitiu que a universidade gerenciasse seus fundos como um pequeno fundo soberano, proporcionando estabilidade e proteção contra investimentos voláteis.