Novas críticas à plataforma X de Musk por parte de investigadores processados
Os investigadores de discurso de ódio processados pela plataforma online X, de Elon Musk, estão de volta com novas críticas ao serviço. No final de outubro, os peritos denunciaram 200 mensagens no X (antigo Twitter) relacionadas com o ataque do Hamas a Israel e a guerra de Gaza, que, segundo os investigadores, violavam claramente as regras. Uma semana mais tarde, 196 dessas mensagens ainda estavam online, informou a organização CCDH.
As mensagens incluíam apelos à violência contra judeus, palestinianos e muçulmanos, de acordo com uma publicação no blogue do CCDH (Centre for Countering Digital Hate). Também foram divulgadas teorias da conspiração anti-semitas e o assassínio em massa de judeus pelos nazis foi negado ou banalizado.
A X não respondeu inicialmente às críticas da organização. No entanto, algumas horas antes, o serviço publicou uma publicação no seu blogue sobre a forma como lida com conteúdos que violam as regras da plataforma. Entre outras coisas, afirmava que tinham sido tomadas medidas contra mais de 320.000 mensagens por discurso de ódio, entre outras coisas. Mais de 3000 contas foram removidas. As equipas intervieram em mais de 25 000 mensagens devido a conteúdos manipulados.
As plataformas em linha devem tomar medidas contra o discurso de ódio e o incitamento ao ódio
Nas últimas semanas, a X recebeu um pedido oficial da Comissão Europeia para cumprir a nova Lei dos Serviços Digitais da UE (DSA). As plataformas em linha são obrigadas pela Lei dos Serviços Digitais (DSA) a tomar medidas rigorosas contra conteúdos ilegais, como discursos de ódio e incitamento ao ódio em linha.
No verão, a plataforma de Musk processou os investigadores em linha que descobriram discursos de ódio e informações falsas em linha. Na ação judicial, a X acusa o CCDH de aceder ilegalmente aos dados do serviço para elaborar relatórios sobre como lidar com o discurso de ódio. A empresa sofreu danos devido ao facto de os clientes anunciantes terem cancelado o serviço.
Fontewww.dpa.com