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Apelação contra incitação online

Após a batalha esportiva, agora uma legal se inicia: a boxeadora olímpica Imane Khelif planeja tomar medidas contra o ódio online contra ela. Investigações devem esclarecer quem alimentou uma campanha contra ela.

A boxeadora argelina Imane Khelif, após sua vitória olímpica, está envolvida em uma batalha legal contra mensagens de ódio na internet. Nabil Boudi, que supostamente trabalha como seu advogado, publicou um comunicado à imprensa no X. Nele, o advogado anunciou uma queixa sobre cyberbullying ao departamento competente do procurador-geral de Paris.

As investigações criminais devem esclarecer quem iniciou e alimentou a "campanha misógina, racista e sexista", segundo o comunicado. Isso "ficará como a maior mancha desses Jogos Olímpicos". Uma batalha legal será travada por "justiça, dignidade e honra".

As lutas de Khelif e Lin Yi-ting, de Taiwan, foram acompanhadas por um debate de gênero emocionalmente carregado durante os Jogos Olímpicos. Isso foi além da questão da competição esportiva justa e também chegou aos mais altos círculos políticos. Em meio ao clima social e político acalorado, ambas as atletas receberam muitos insultos na internet. À noite, Lin também venceu a medalha de ouro contra a polonesa Julia Szeremeta com 5 a 0.

Apoio de organizações de direitos humanos

"O alcance assustador do abuso online contra Imane Khelif e Lin Yu-ting é mais um exemplo preocupante do discurso tóxico, sexista e racista que prejudica as mulheres no esporte e na sociedade", disse Stephen Cockburn da Amnesty International em comunicado da Aliança Esportes e Direitos. Representantes de outras organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a ILGA World, também apoiaram as duas atletas.

Ambas as boxeadoras foram anteriormente excluídas do Campeonato Mundial de 2023 pela IBA, que não é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), por razões de testes de gênero. De acordo com a IBA, ambas não atenderam aos critérios de participação necessários e tinham "vantagens competitivas em relação a outras participantes femininas". O COI chamou isso de "decisão arbitrária sem procedimento adequado" e permitiu que Khelif e Lin participassem em Paris. O gênero indicado no passaporte é decisivo para a admissão em muitos esportes, foi explicado.

Imane Khelif, a campeã olímpica de boxe, planeja apresentar uma queixa contra as mensagens de ódio que recebeu após sua vitória nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. Essas mensagens, como afirmado em um comunicado à imprensa de seu advogado, Nabil Boudi, incluem comentários misóginos, racistas e sexistas.

A batalha legal de Imane Khelif e o apoio de organizações de direitos humanos, como a Amnesty International e a Human Rights Watch, destacam a necessidade de ação contra o abuso online pervasivo contra atletas femininas durante grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.

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