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André Onana, guarda-redes do Ajax, considera a suspensão de 12 meses por doping "excessiva e desproporcionada

O guarda-redes do Ajax, André Onana, prometeu provar a sua inocência e limpar o seu nome depois de a UEFA lhe ter aplicado, na sexta-feira, uma sanção de 12 meses na sequência de uma infração por doping.

André Onana, guarda-redes do Ajax, considera a suspensão de 12 meses por doping "excessiva e desproporcionada

Onana falhou um teste de doping fora de competição em outubro do ano passado, depois de ter sido encontrada Furosemida na sua urina.

Numa declaração publicada no Twitter, o internacional camaronês considerou a proibição, que tem efeito imediato e se aplica a nível nacional e internacional, "excessiva e desproporcionada".

"Tenho de dizer que respeito o Comité de Apelo da UEFA, mas não partilho a sua decisão neste caso", afirmou Onana.

"Considero-a excessiva e desproporcionada e, tal como foi reconhecido pela UEFA, foi um erro não intencional".

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Na declaração, o jogador de 24 anos disse que tinha confundido a nota que continha Furosemida, que tinha sido receitada à sua companheira, com aspirina porque "a embalagem era quase idêntica".

A furosemida, um diurético, é utilizada para tratar a tensão arterial elevada, a insuficiência cardíaca e o edema (acumulação de líquidos no corpo).

É um dos vários diuréticos incluídos na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA).

Os diuréticos podem ser utilizados pelos desportistas para excretar água para uma rápida perda de peso e para mascarar a presença de outras substâncias proibidas.

"Toda a gente sabe que levo uma vida muito saudável e, desde que iniciei a minha carreira desportiva, sempre fui fortemente contra qualquer uso de doping e condeno qualquer conduta antidesportiva", acrescentou Onana.

"Quero dizer que não tenho necessidade de recorrer ao doping para melhorar ainda mais a minha carreira desportiva."

O Ajax corroborou a história do seu jogador, afirmando que Onana tomou o medicamento "por engano".

"Na manhã de 30 de outubro, Onana não se sentia bem. Ele queria tomar um comprimido para aliviar o desconforto", disse o clube num comunicado.

"Sem saber, porém, tomou Lasimac, um medicamento que tinha sido receitado à sua mulher. A confusão de Onana levou-o a tomar por engano o medicamento da sua mulher, o que levou a UEFA a tomar esta medida contra o guarda-redes".

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Onana juntou-se ao clube holandês em 2015 e fez parte da equipa do Ajax que venceu a liga holandesa em 2019. Tem 18 internacionalizações pelos Camarões.

Se a proibição for confirmada, falhará a Taça das Nações Africanas de 2021, que está atrasada. Os Camarões são o país anfitrião do torneio, que foi adiado para janeiro de 2022.

Onana e o Ajax afirmaram que vão recorrer da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (CAS).

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Fonte: edition.cnn.com

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