- Advogado de Khelif anuncia queixa de cyberbullying
Boxeadora argelina Imane Khelif, após sua vitória olímpica, está envolvida em uma batalha legal contra mensagens de ódio na internet. De acordo com o jornal esportivo francês "L'Équipe", Nabil Boudi, seu advogado, publicou um comunicado no X anunciando uma queixa contra o assédio online ao Ministério Público de Paris.
A investigação criminal visa identificar quem iniciou e alimentou a "campanha misógina, racista e sexista", que será lembrada como "a maior mancha desses Jogos Olímpicos", segundo o comunicado. Eles lutarão por "justiça, dignidade e honra".
As lutas de Khelif e Lin Yi-ting (28), da Tailândia, foram acompanhadas por um debate emocional sobre gênero durante os Jogos Olímpicos, ultrapassando a questão da competição esportiva justa e alcançando os mais altos círculos políticos. No clima social aquecido, ambas as atletas enfrentaram muitos ataques online.
Apoio de organizações de direitos humanos
"O alcance assustador do abuso online contra Imane Khelif e Lin Yu-ting é mais um exemplo preocupante do discurso tóxico, sexista e racista que tem prejudicado mulheres no esporte e na sociedade", disse Stephen Cockburn da Aliança Esportes & Direitos em um comunicado. Representantes de outras organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a ILGA World, também apoiaram as duas atletas.
Ambas as boxeadoras foram desclassificadas do Campeonato Mundial de 2023 pela IBA, não reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), supostamente por não atender aos critérios de participação e ter "vantagens competitivas" em relação a outras participantes femininas. O COI descreveu isso como uma "decisão aleatória sem procedimento adequado" e permitiu que Khelif e Lin competissem em Paris. O gênero indicado no passaporte é um fator determinante para a elegibilidade em muitos esportes, eles explicaram.
Imane Khelif, a boxeadora argelina, procurou a ajuda de seu advogado Nabil Boudi para combater as mensagens de ódio direcionadas a ela online, após sua vitória olímpica. A Human Rights Watch e a ILGA World estão entre as organizações que expressaram apoio a Khelif, expressando preocupação com o discurso tóxico e discriminatório que ela e Lin Yi-ting, uma boxeadora taiwanesa, enfrentaram.
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