A designer Hedi Slimane deixa a marca Celine da LVMH
LVMH nomeou Michael Rider como sucessor de Slimane. Rider, que assumirá seu novo papel nos primeiros meses do próximo ano, colaborou anteriormente com Phoebe Philo, ex-designer da Celine, na Celine por mais de uma década.
A saída de Slimane deve alimentar rumores de instabilidade dentro da indústria, onde vários designers de alto perfil mudaram de cargo. Um dos cargos mais cobiçados, o de diretor criativo da Chanel, permaneceu vago após a saída de Virginie Viard em junho.
De acordo com Luca Solca, analista da Bernstein, diretores criativos geralmente deixam seus cargos quando não contribuem mais positivamente para as vendas.
"Não acho que isso seja um caso isolado", comentou Solca sobre a saída de Slimane, observando que os diretores criativos, assim como os artistas, tendem a produzir variações sobre um tema, que pode se tornar monótono.
Solca reconhece que Slimane se saiu bem na marca, potencialmente dobrando a receita da marca para cerca de €2,5 bilhões ($2,76 bilhões).
Slimane não pôde ser alcançado para comentar.
Slimane ingressou na Celine em 2018, fazendo um impacto imediato na renomada casa de moda com seu estilo de roqueiro-chic de ponta.
Ele também é reconhecido pelas silhuetas slim que apresentou durante seu mandato na Dior Homme e na Kering's Yves Saint Laurent, inspirando Karl Lagerfeld a perder peso para caber em seus conjuntos Dior.
O designer preferiu manter um perfil baixo e exercer um controle rigoroso sobre a imagem da marca, pessoalmente fotografando campanhas publicitárias e organizando desfiles de moda fora do calendário tradicional.
Na Celine, Slimane buscou modernizar a estética burguesa tradicional da marca para uma faixa etária mais jovem, apresentando a modelo Kaia Gerber em tops cortados e calças desbotadas, acessorizadas com uma boina e uma pequena bolsa de couro.
Ele também introduziu uma linha de moda masculina na Celine, bem como fragrâncias e maquiagem.
O presidente e CEO da LVMH, Bernard Arnault, estabeleceu metas ambiciosas para Slimane, anunciando logo após sua chegada que a LVMH pretendia aumentar a receita anual da Celine entre €2 bilhões e €3 bilhões em cinco anos, a partir de quase €1 bilhão ($1,10 bilhão) na época.
Em janeiro, durante a apresentação dos resultados anuais da LVMH, Arnault declarou que a Celine estava prosperando graças a Slimane e havia ultrapassado €2 bilhões em vendas.
A empresa não divulga a receita por marca em seus relatórios financeiros publicados.
O crescimento das vendas na indústria de bens de luxo diminuiu significativamente neste ano, com consumidores de classe média na China adiando compras devido à crise imobiliária e à insegurança no emprego.
A analista do Barclays Carole Madjo mencionou durante uma recente visita à China que a Celine estava passando por "cansaço da marca" e provavelmente iria subperf