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5 ideias-chave da discussão solo de Kamala Harris com o '60 Minutes'

A Vice-Presidente Kamala Harris enfrentou uma hampir rigorosa sobre o financiamento de suas propostas econômicas, o suposto atraso na implementação de políticas de segurança nas fronteiras pelos democratas, sua estratégia para lidar com o conflito da Rússia na Ucrânia, entre outros tópicos, em...

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Kamala Harris, a Vice-Presidente e contendora pela nominee presidencial democrata, fala a uma multidão na Ripon College em 3 de outubro de 2024, em Ripon, Wisconsin.

5 ideias-chave da discussão solo de Kamala Harris com o '60 Minutes'

A candidata democrata à presidência teve um encontro com a CBS dentro de uma campanha midiática abrangente, também posicionando Harris diante de interlocutores e plateias mais simpáticas. Sua conversa no podcast "Call Her Daddy" apresentado por Alex Cooper foi ao ar no domingo. Em seguida, na terça-feira, ela aparecerá no "The View", discutirá com Howard Stern e será convidada do "The Late Show with Stephen Colbert" na CBS. Por fim, ela está agendada para um encontro na cidade da Univision na quinta-feira.

Dada a ausência de debates agendados entre Harris e o ex-presidente Trump, essa sequência de entrevistas pode oferecer alguns dos momentos mais atraentes e noticiosos nos últimos quatro semanas que levam ao Dia da Eleição.

Abaixo estão cinco pontos-chave de sua conferência de imprensa "60 Minutes":

Harris destaca a necessidade do Congresso tratar de questões de segurança na fronteira

Quando questionada sobre as políticas de imigração da administração de Joe Biden e a necessidade de medidas mais fortes, Harris afirmou que "soluções estão disponíveis" sem confirmar se uma ação anterior era necessária.

Desde o início, a administração Biden lutou com recordes de migrantes que cruzavam a fronteira sul, exacerbados pela pandemia de coronavírus. Em resposta, as autoridades americanas criaram várias estratégias para lidar com o fluxo.

Quando questionada sobre por que não havia ação anterior, Harris apontou para o projeto de lei de imigração apresentado ao Congresso no início de 2021 e criticou os republicanos por terem emperrado um projeto de lei bipartidário sobre a fronteira após Trump ter lhes dito para rejeitar a medida.

O correspondente da CBS, Bill Whitaker, perguntou: "Mas houve um aumento sem precedentes de imigrantes sem documentos cruzando a fronteira durante os três primeiros anos da sua administração. Isso até quadruplicou em relação ao último ano da administração anterior. Foi um erro ter afrouxado as políticas de imigração tanto quanto fizeram?"

Harris rebateu com uma declaração sobre um problema de longo prazo e enfatizou a necessidade de intervenção do Congresso:

"Precisamos que o Congresso possa agir para realmente consertar o problema."

Ausência de um encontro bilateral com Putin

Em resposta a perguntas sobre encontrar-se bilateralmente com o presidente russo Vladimir Putin para negociar um acordo sobre o conflito na Ucrânia, Harris reiterou: "A Ucrânia deve ter uma palavra a dizer sobre o futuro da Ucrânia."

Harris expressou sua oposição a encontros bilaterais individuais, afirmando que "o sucesso não será alcançado sem a Ucrânia e a Carta das Nações Unidas participarem do que esse sucesso será".

Além disso, ela se recusou a expressar sua posição sobre a ampliação da NATO, dizendo que lidaria com o assunto conforme necessário.

Harris apontou que, se Trump ainda estivesse no cargo, "Putin estaria sentado em Kyiv agora", referindo-se à capital ucraniana.

"Ele fala sobre acabar com isso no dia um. Sabe o que isso é? É rendição", ela concluiu.

Harris teve uma sessão com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca no mês passado, reafirmando seu apoio inabalável ao país.

"Meu apoio ao povo da Ucrânia é inabalável", afirmou Harris. "Eu já estive com a Ucrânia - continuarei a estar com a Ucrânia e trabalharei ativamente para garantir que a Ucrânia vença nesta guerra, para estar segura, segura e próspera."

Enfatizando a aliança Harris-Cheney

A aliança Harris-Cheney ficou evidente durante a conferência, quando elas colaboraram em Ripon, Wisconsin - supostamente o local de nascimento do Partido Republicano.

Cheney, que foi derrotada em uma primária devido ao seu papel na investigação da Câmara sobre o ataque de apoiadores de Trump ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, endossou Harris e falou em um comício em um estado crucial na semana passada.

"Eu só posso imaginar dizendo: 'Nossa Constituição está sob ameaça e é crucial que os partidos se unam e apoiem a vice-presidente Harris porque ela defenderá a lei'. Eu teria feito isso", declarou Cheney.

Quando perguntada se havia imaginado colaborar com Cheney quatro anos atrás, Harris respondeu afirmativamente.

"Isso seria ótimo", disse Harris, acompanhada de risadas de ambas as mulheres.

"Ela é muito diplomática", brincou Cheney.

Walz fala sobre receber conselhos de Harris para escolher as palavras com mais cuidado

A conferência apresentou a colega de chapa de Harris, o governador de Minnesota Tim Walz, que admitiu ter sido questionado por declarações anteriores após se tornar a escolha para a vice-presidência. Ele reconheceu falsas afirmações sobre seu registro militar e ter testemunhado a repressão em Tiananmen Square em Hong Kong.

No entanto, ele insistiu que esses erros foram explosões emocionais ou erros na narrativa, contrastando-os com as exageros de Donald Trump.

No entanto, Walz revelou que Harris havia lhe dito para usar um linguagem mais cuidadosa:

"Ela disse: 'Tim, você sabe, precisa ser um pouco mais cuidadoso com o que diz, o que quer que seja'."

Harris critica Trump por desistir da entrevista do '60 Minutes'

Quanto à decisão de Trump de cancelar a entrevista do "60 Minutes", Harris criticou sua escolha, argumentando que ele não tinha coragem de enfrentar perguntas difíceis.

Trump cancelou a entrevista marcada com o "60 Minutes" depois de concordar e agendar na sua propriedade Mar-a-Lago, como revelado pelo correspondente da CBS Scott Pelley durante a transmissão do popular programa de notícias na segunda-feira à noite.

Em outubro de 2020, Trump se encontrou com a repórter do "60 Minutes" Lesley Stahl, mas encerrou abruptamente a sessão devido a suas objeções às perguntas dela. Trump expressou seu desejo de um pedido de desculpas por essa entrevista antes de considerar outra, de acordo com declarações feitas em Wisconsin na semana passada.

Recentemente, Trump tem interagido principalmente com entrevistadores favoráveis, como a Fox News, demonstrando um padrão de escolher plataformas amigáveis.

Durante uma entrevista na Fox News, Kamala Harris sugeriu que, se Trump não oferecer ao público uma discussão substancial e informativa, eles deveriam assistir a seus comícios em vez disso.

"Se ele não vai fornecer à sua audiência um diálogo significativo e reflexivo de perguntas e respostas, então assistam seus comícios", disse Harris a Whitaker.

"Você ouvirá discussões centradas nele e suas queixas pessoais. O que você não ouvirá são suas opiniões pessoais sobre como planeja unir a nação, encontrar terreno comum. É por isso que, com toda a convicção, acredito que o povo americano está ansioso para seguir em frente," ela explicou.

CNN’s Aaron Pellish contribuiu para esta reportagem.

Diante da ausência de debates agendados entre Harris e o ex-presidente Trump, essa sequência de entrevistas pode fornecer alguns dos momentos mais interessantes e noticiosos nos últimos quatro semanas antes do Dia das Eleições.

Durante sua aparição no podcast "60 Minutes", Harris discutiu as políticas de imigração da administração Biden e a necessidade de intervenção do Congresso para abordar questões de segurança na fronteira.

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