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Previsão sombria para o objetivo de 1,5 graus

Uma ultrapassagem inevitável do limite de 1,5 graus? O famoso investigador do clima Ottmar Edenhofer vê um desafio a longo prazo para a política climática global.

Os activistas do clima utilizam estes sinais para chamar a atenção para o objetivo do Acordo de....aussiedlerbote.de
Os activistas do clima utilizam estes sinais para chamar a atenção para o objetivo do Acordo de Paris sobre o clima..aussiedlerbote.de

Previsão sombria para o objetivo de 1,5 graus

O investigador Ottmar Edenhofer espera que a temperatura média global ultrapasse o limite de 1,5 graus do Acordo de Paris durante décadas.

"Teremos de aceitar que a temperatura vai ultrapassar o limite durante várias décadas", afirmou o diretor do Instituto de Investigação do Impacto Climático de Potsdam na "Entrevista da Semana" do Deutschlandfunk, que será transmitida no domingo. Se tivermos sorte, "poderemos dobrar esta curva de temperatura para 1,5 graus no final do século".

A comunidade internacional acordou o objetivo de 1,5 graus para evitar ultrapassar pontos de viragem perigosos com consequências irreversíveis e para evitar as consequências mais catastróficas das alterações climáticas. O objetivo é limitar, tanto quanto possível, o aquecimento global a 1,5 graus acima dos níveis pré-industriais. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), a Terra já aqueceu cerca de 1,1 graus em relação à era pré-industrial e, na Alemanha, esse valor chega aos 1,6 graus.

"A coligação dos semáforos é obrigada a definir prioridades

A redução da temperatura média só será bem sucedida "se conseguirmos remover o CO2 da atmosfera em grande escala, ou seja, se gerarmos emissões líquidas negativas", afirma Edenhofer.

O acórdão orçamental de quarta-feira do Tribunal Constitucional Federal abriu um buraco de 60 mil milhões de euros no financiamento dos projectos climáticos do Governo alemão. Segundo Edenhofer, a coligação dos semáforos é obrigada a estabelecer prioridades. "Por isso, ou corta nas despesas, redefine as prioridades e reestrutura as despesas, ou recorre a aumentos de impostos, por exemplo, aumentando ainda mais o preço do CO2", afirma o investigador climático. De acordo com Edenhofer, é possível que os opositores ao preço do CO2 reconsiderem a sua posição na sequência do acórdão. Isto poderia colmatar parte do défice de financiamento.

O Tribunal Constitucional Federal decidiu que a utilização de empréstimos para projectos climáticos era inconstitucional.

Fontewww.dpa.com

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