- O buraco profundo após os Jogos: Por que os atletas olímpicos muitas vezes ficam deprimidos
Para atletas, a depressão pós-Olimpíada pode se tornar um problema. A psicóloga Marion Sulprizio acredita que há um alto número de casos não relatados entre os participantes. "É o famoso modelo do iceberg. Você vê algumas pessoas falando sobre isso, mas a maior parte fica invisível", disse Sulprizio à agência de notícias alemã.
Portador da bandeira alemã lutou contra a depressão
Na opinião de Sulprizio, há muitas maneiras de ajudar os atletas a evitar cair em uma depressão após as Olimpíadas. "A psicologia e a psicologia desportiva oferecem muitos serviços e fazem trabalho preventivo. Para os atletas, é importante preparar a mente para o que vem a seguir", disse Sulprizio, que é a diretora executiva do escritório de coordenação MentalStrength. "Os serviços estão disponíveis, mas sua utilização ainda não é ótima, ainda há espaço para melhora."
Cada vez mais atletas relatam seus problemas mentais após as Olimpíadas, mas muitos provavelmente permanecem em silêncio. "O tema da depressão pós-Olimpíada é um tabu para muitos atletas. Mas isso também se aplica a muitas outras doenças mentais. O medo de estigma é grande, então não ouvimos tanto sobre elas quanto deveria", relatou Sulprizio.
O tema ganhou destaque quando o recorde de medalhas olímpicas Michael Phelps falou publicamente sobre seus problemas após as Olimpíadas anos atrás. No time alemão, atletas como a portadora da bandeira e judoca Anna-Maria Wagner, que sofreu de depressão após os Jogos de Tóquio, também falaram sobre seus problemas.
Estreantes nas Olimpíadas especialmente vulneráveis
Mesmo estrelas experientes como Phelps podem ser afetadas, mas os estreantes parecem ser especialmente vulneráveis. "Atletas que estão nas Olimpíadas pela primeira vez costumam cair em uma depressão rapidamente", disse Ulli Knapp, treinador de Malaika Mihambo. Atletas mais experientes sabem o que esperar. "Os estreantes são frequentemente sobrecarregados pelo grande evento que são as Olimpíadas", disse o veterano após oito Olimpíadas consecutivas.
" A depressão pós-Olimpíada é sobre o fenômeno de tudo estar voltado para o grande dia. Ou eu ganho uma medalha ou não. Talvez eu até chegue em último lugar. Os atletas trabalham em direção a esse objetivo por quatro anos, ou no caso de Tóquio, cinco. E então o sistema é desligado de um dia para o outro. Esse é o problema. Muitos não pensam no que vai acontecer depois do grande dia."
Após Michael Phelps corajosamente compartilhar suas lutas pós-Olimpíadas, mais atletas começaram a falar sobre suas experiências, incluindo a portadora da bandeira alemã e judoca Anna-Maria Wagner. Apesar do aumento do número de casos relatados, muitos atletas ainda permanecem em silêncio devido ao medo de estigma associado às doenças mentais.
Os Jogos Olímpicos, cheios de altas expectativas e pressão, podem ser especialmente desafiadores para estreantes. Como Ulli Knapp, treinador de Malaika Mihambo, afirmou, "Atletas que estão nas Olimpíadas pela primeira vez costumam cair em uma depressão rapidamente".
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