A diferença de gênero na ciência está diminuindo
A diferença de gênero entre os cientistas mais citados em todo o mundo está diminuindo, de acordo com um novo estudo. No entanto, ainda há uma clara diferença entre a visibilidade de pesquisadores do sexo feminino e masculino, informa uma equipe liderada por John Ioannidis, da Universidade de Stanford, na revista "PLOS Biology".
Foram levados em conta dados de 5,8 milhões de autores do sexo masculino e feminino de várias disciplinas científicas. Cerca de 3,8 milhões eram homens e cerca de 2 milhões eram mulheres. A análise mostrou que, entre aqueles que começaram a publicar estudos antes de 1992, os homens publicaram quase quatro vezes mais do que as mulheres. Para aqueles que começaram a escrever artigos científicos depois de 2011, a proporção melhorou significativamente e ficou em 1 para 1,36.
Entretanto, a diferença é muito maior entre os autores de estudos mais citados, ou seja, aqueles com maior influência científica: em média, os homens foram representados 3,21 vezes mais do que as mulheres, 6,41 vezes mais nos grupos mais velhos e ainda 2,28 vezes mais no grupo mais jovem, que publicou algo pela primeira vez depois de 2011. Isso significa que há mais de dois autores homens para cada autora mulher citada com muita frequência por outros pesquisadores, com grandes diferenças de país para país. No Japão, por exemplo, há 10 vezes mais homens do que mulheres até mesmo no grupo mais jovem de pesquisadores citados com frequência, de acordo com os dados.
Ioannidis disse que o estudo documenta uma redução significativa nas desigualdades entre homens e mulheres em pesquisas de alto nível. "Mas há um espaço considerável para melhorias adicionais na maioria dos campos científicos."
Fonte: www.dpa.com