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Ursula von der Leyen encontra desafios nas suas relações com homens.

A nova Comissão Europeia está prevista para iniciar suas funções em 1º de novembro.
A nova Comissão Europeia está prevista para iniciar suas funções em 1º de novembro.

Ursula von der Leyen encontra desafios nas suas relações com homens.

Ursula von der Leyen está prestes a revelar sua equipe para a Comissão Europeia reformulada, mas enfrenta um problema: sua aspiração pela igualdade de gênero não está refletida na sua lista de candidatos, que tem mais homens do que mulheres. Os Estados-membros têm até sexta-feira para submeter seus comissários nacionais, deixando von der Leyen com 17 homens e 7 mulheres, incluindo ela mesma. Espera-se que a Itália também nomeie um homem, e a Bélgica e a Bulgária, ainda sem governos formados, podem atrasar a seleção de seus candidatos.

Se essas projeções se confirmarem, a "Comissão Von der Leyen II" poderá contar com apenas 7 mulheres entre seus 27 membros, a menor quantidade em 20 anos. No entanto, a liderança da Comissão será inteiramente feminina; a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, está prevista para assumir como Alta Representante da UE, além de ser vice-presidente da Comissão. Infelizmente, o chamado de von der Leyen pela paridade de gênero não foi atendido por nenhum país, que propõe comissários com base em seu mérito, de acordo com os Estados-membros.

"Uma Falta de Both Awareness and Will"

A European Women's Lobby, um grupo que defende a igualdade de gênero, critica essa situação como mais do que apenas decepcionante esteticamente. A porta-voz da organização, Mirta Baselovic, critica os Estados-membros, afirmando que eles ou não entendem o potencial feminino em seus países ou deliberadamente o ignoram.

Críticas duras também vieram do Parlamento Europeu, que revisará os candidatos nas próximas semanas. Lina Gálvez Muñoz, presidente da Comissão dos Direitos das Mulheres e Igualdade de Gênero, expressou seu descontentamento, considerando a situação uma "má mensagem" especialmente para as jovens mulheres e meninas. A socialista espanhola criticou os países por sua falta de ambição política.

Um diplomata de Bruxelas, que pediu anonimato, vê uma jogada de poder familiar entre as instituições. "Esperamos que von der Leyen lute pela igualdade de gênero", disse ele. "Ao mesmo tempo, consideramos nosso direito soberano propor um comissário competente".

A Mão Forte de Von der Leyen

Alberto Alemanno, especialista em direito europeu em Paris, acredita que von der Leyen tem uma posição de força nessa disputa de poder. Ao rejeitar a lista dos Estados-membros e demonstrar sua independência, ela pode afirmar seu poder. No entanto, Alemanno enfatiza que a ferramenta de barganha mais forte de von der Leyen é sua capacidade de atribuir portfólios-chave.

De acordo com Alemanno, vários países buscam posições cobiçadas, como política de competição, mercado interno, economia, finanças e comércio. Com essas posições, von der Leyen pode usar sua influência para pressionar os Estados-membros a propor candidatas femininas em troca de seus portfólios desejados.

Depois que von der Leyen submeter sua lista preferida, o Parlamento Europeu poderá questionar os candidatos, examinando seus históricos e motivações. No passado, o Parlamento conseguiu influenciar as nomeações, por exemplo, rejeitando certos candidatos da Hungria e Romênia devido a "conflitos de interesse" durante o primeiro mandato de von der Leyen. Em teoria, o poder do Parlamento é limitado à aprovação ou rejeição da Comissão como um todo.

Não está claro se a nova Comissão poderá iniciar seus trabalhos como planejado em 1º de novembro. Eric Mamer, porta-voz de von der Leyen, mantém-se cauteloso: "A presidente está fazendo seu máximo para alcançar o equilíbrio em sua equipe".

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