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Um preso condenado do Missouri está programado para ser executado hoje, insistindo em sua inocência e tentando anular sua condenação.

Preso em meia morte Marcellus Williams, que tem sustentado sua inocência por aproximadamente duas décadas, está marcado para execução na terça-feira, seguindo a decisão do governador e do mais alto tribunal judicial de não intervir no dia anterior.

Um preso condenado do Missouri está programado para ser executado hoje, insistindo em sua inocência e tentando anular sua condenação.

Cinquenta e cinco anos de idade, Williams, que tem mantido sua inocência no assassinato de 1998 de Felicia Gayle, uma ex-jornalista, enfrenta a execução por injeção letal na terça-feira às 18h CT na prisão estadual de Bonne Terre, a menos que o Supremo Tribunal dos EUA intervenha.

A situação levanta preocupações sobre a possibilidade de executar uma pessoa inocente, um potencial perigo da pena de morte. Aproximadamente 200 indivíduos sentenciados à morte desde 1973 foram posteriormente absolvidos, com quatro incidentes ocorrendo no Missouri, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte.

A NAACP e o Conselho sobre Relações Americanas-Islâmicas recorreram ao governador de Missouri, Mike Parson, para deter a execução de Williams.

Tribunal Supremo de Missouri nega último recurso

Ao longo do fim de semana, os advogados de Williams e o Procurador-Geral do Condado de St. Louis, Wesley Bell, apresentaram um pedido conjunto ao Tribunal Supremo do Estado, pedindo que reconsiderasse o movimento de janeiro de Bell para anular a condenação e sentença de Williams em um tribunal inferior, devido a testes de DNA prospectivos que poderiam limpar Williams como o culpado do assassinato.

No entanto, a Procuradoria-Geral do Condado de St. Louis, responsável pelo julgamento de Williams em 2001, argumentou no movimento de janeiro que os testes de DNA da arma do crime poderiam absolvê-lo. Infelizmente, os novos resultados dos testes de DNA revelaram que a arma havia sido manipulada, contaminando as provas destinadas a absolvê-lo e complicando ainda mais sua tentativa de provar sua inocência.

Durante a audiência de segunda-feira, o Tribunal Supremo de Missouri recusou-se a deter a execução de Williams.

O Tribunal Supremo decidiu não deter a execução porque o procurador não forneceu provas tangíveis e convincentes além de qualquer dúvida razoável da inocência real de Williams ou erro constitucional durante o julgamento criminal inicial que abalasse a confiança do tribunal na decisão e sentença iniciais, como consta na opinião do tribunal. Como resultado, o movimento para uma suspensão da execução foi considerado inválido.

"Mr. Williams esgotou todos os recursos e remédios judiciais disponíveis, incluindo mais de 15 audiências para argumentar sua inocência e anular sua condenação", afirmou Parson em um comunicado após a decisão.

O júri no julgamento, assim como os tribunais de apelação e o Tribunal Supremo, nunca declarou Williams inocente. Sua culpa e a sentença de morte foram confirmadas por todos os tribunais. Parson não expressou dúvidas sobre a inocência de Williams, e, como resultado, a punição será executada como ordenado pelo Tribunal Supremo.

O advogado de Williams, Jonathan Potts, afirmou durante a audiência de segunda-feira que um procurador durante o julgamento removeu intencionalmente um potencial jurado "porque era um jovem homem negro com óculos".

No entanto, a Procuradoria-Geral do Missouri negou essa afirmação, afirmando que o procurador do julgamento rejeitou o potencial jurado não devido à sua raça.

Em sua declaração promovendo a intervenção, Tricia Rojo Bushnell, advogada de Williams, declarou: "O Missouri está prestes a executar um homem inocente, uma situação que levanta dúvidas sobre a legitimidade do sistema de justiça criminal como um todo".

Williams, Bell e aliados continuarão a lutar para salvar a vida de Williams, como Bell afirmou.

"Independentemente da posição de alguém sobre a pena de morte, quando há uma dúvida persistente sobre a culpa de qualquer réu, a execução de uma sentença irreversível não deve ser uma opção", disse Bell em um comunicado.

Em 18 de setembro, menos de uma semana antes da execução agendada, a equipe de Williams apresentou um pedido de clemência ao Supremo Tribunal dos EUA, argumentando que seus direitos ao devido processo foram violados durante sua longa luta pela sobrevivência.

Os advogados de Williams observaram que o ex-governador do Missouri, Eric Greitens, momentaneamente deteve a execução de Williams e estabeleceu um painel para examinar seu caso e determinar sua elegibilidade para clemência.

"O painel examinou o caso de Williams por seis anos - até o governador Michael Parson ter terminado o processo indefinidamente", escreveram os advogados.

A decisão subsequente de Parson de revogar a suspensão da execução de Williams e negar seus direitos constitucionais através do devido processo foi contestada por sua equipe jurídica.

No dia anterior à execução em si, a equipe de Williams também pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que adiasse a execução devido à suposta parcialidade racial durante a seleção do júri.

O caso colocou Bell, concorrendo como democrata para o Congresso, contra o procurador-geral republicano do estado, Andrew Bailey, que concorre à reeleição. Bailey opôs-se ao movimento de janeiro de Bell, afirmando que os novos resultados dos testes de DNA eram insuficientes para absolvê-lo.

A equipe de Bell anunciou um acordo com Williams no final de agosto, proporcionando uma confissão de culpa de acordo com Alford por assassinato em primeiro grau e uma subsequente sentença de prisão perpétua, com a aprovação do tribunal e o consentimento da família Gayle. No entanto, a Procuradoria-Geral do Estado contestou esse acordo, e o Tribunal Supremo do Estado bloqueou-o.

Apesar dos esforços contínuos da equipe jurídica de Williams e dos grupos de defesa, a execução ocorreu como agendado. O Supremo Tribunal dos EUA não interveio, e, como Parson afirmou, Williams havia esgotado todos os recursos judiciais.

Dadas as circunstâncias, é crucial que continuemos a examinar o caso e asseguremo-nos de que a justiça seja verdadeiramente servida.

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