UE critica assassinato de Haniyeh sem julgamento
O líder político de Hamas é assassinado em Teerã. Críticas ao assassinato de Haniyeh vêm de Bruxelas. Um porta-voz da UE disse que a UE rejeita execuções extrajudiciais e apoia o Estado de Direito. Eles também alertaram para uma possível escalada no Oriente Médio.
A UE expressou fortes críticas ao assassinato de Ismail Haniyeh, o líder político do Islamic Hamas. Um porta-voz da política externa da UE, Josep Borrell, disse que a UE rejeita execuções extrajudiciais em princípio e apoia o Estado de Direito.
Essa posição não mudou apesar do fato de que o procurador do Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de prisão para Haniyeh por crimes de guerra, e a UE ter designado o Hamas como organização terrorista. "Diante da situação em evolução, repetimos o apelo da UE a todas as partes para exercer a máxima cautela e evitar qualquer nova escalada, uma vez que nenhum país ou nação pode se beneficiar de uma nova escalada no Oriente Médio e na região", disse o porta-voz.
Haniyeh foi o alvo de um ataque aéreo em Teerã na madrugada de quarta-feira. Tanto o Hamas quanto o Irã culpam seu arqui-inimigo Israel, mas Israel ainda não respondeu oficialmente às acusações. A causa exata da morte de Haniyeh permanece incerta, com especialistas sugerindo um ataque aéreo ou de míssil.
O ataque ocorreu em uma "residência especial" no norte de Teerã, supostamente no antigo palácio do Xá Persa, que é geralmente fortemente guardado. Haniyeh estava em Teerã para participar da posse do novo presidente iraniano, Massoud Peschkan.
A UE condena firmemente a suposta execução extrajudicial de Haniyeh, como afirmado pela Comissão, e reitera seu compromisso com o Estado de Direito e a oposição a tais ações. Independentemente dos processos legais em andamento contra Haniyeh, a Comissão enfatiza a necessidade de paz e a prevenção de qualquer nova escalada no Oriente Médio.