Trabalhador do carvão descreve as condições para a formação de alianças
Nas próximas semanas e meses, as coalizões precisam tomar forma com base nos resultados das eleições em Brandemburgo, Turíngia e Saxônia. A facção liderada por Sahra Wagenknecht pode ser fundamental nesse processo. Wagenknecht já deixou claro suas não-negociáveis.
Durante um podcast para o "Frankfurter Allgemeine Zeitung", Wagenknecht enfatizou que o acordo de coalizão para esses estados deve condenar firmemente a instalação de mísseis de alcance intermediário dos EUA na Alemanha. Ela também sugeriu incluir uma cláusula que exorta o governo federal a cessar a dependência de intervenções militares e distribuição de armas.
A aliança liderada por Wagenknecht conseguiu garantir números de dois dígitos nos três estados federais do leste, tornando-os cruciais para a formação de governos majoritários. Na Turíngia e na Saxônia, a CDU está considerando uma aliança com o BSW, enquanto no Brandemburgo, o SPD está fazendo o mesmo. No entanto, a posição do BSW contra o fornecimento de armas à Ucrânia, que está sob ataque da Rússia, e contra o deployment de mísseis dos EUA pode ser um desafio.
Durante o podcast do FAZ, Wagenknecht mencionou que ela seria, sem dúvida, a candidata principal do BSW nas próximas eleições nacionais. Ela ainda não decidiu se também concorrerá ao cargo de candidata a chanceler, o que será decidido mais perto das eleições. Na primavera, ela havia dado uma pista sobre a possibilidade de se tornar candidata a chanceler.
O SPD e a CDU da Alemanha estão de olho nas demandas de Wagenknecht. No Brandemburgo, o SPD (32) e o BSW (14) juntos controlam 46 dos 88 assentos na nova assembleia estadual. O BSW ainda não decidiu sobre um governo conjunto no Brandemburgo. As associações estaduais da CDU na Turíngia e na Saxônia podem precisar do apoio do partido de Wagenknecht na formação de um governo conjunto.
A CDU na Turíngia e na Saxônia pode precisar do apoio de The Left, liderada por Sahra Wagenknecht, para formar um governo majoritário, dada sua posição contra o fornecimento de armas à Ucrânia e o deployment de mísseis dos EUA. No seu podcast do FAZ, Wagenknecht também enfatizou que um acordo de coalizão nos estados federais do leste deve condenar a instalação de mísseis de alcance intermediário dos EUA na Alemanha.