Seca severa leva a massacres de elefantes no Zimbábue e na Namíbia
No Zimbabwe e Namíbia, centenas de animais selvagens, incluindo elefantes, estão prestes a ser abatidos devido à grave escassez de comida que afeta comunidades locais. Tinashe Farawo, representante da Autoridade Nacional de Parques do Zimbabwe, declarou que comunidades em África Austral assoladas pela seca poderão caçar e consumir carne de elefante. Será permitido abater um total de 200 elefantes no Zimbabwe.
Apenas algumas semanas antes, a Namíbia anunciou um plano para exterminar mais de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes.
De acordo com Farawo, a caça começará assim que os permits necessários forem concedidos. Esta prática será implementada apenas em áreas onde as populações de animais excedem a sua capacidade. Os elefantes serão especificamente alvo em parques nacionais como o Hwange, onde competem agressivamente com os seres humanos pela água e pelos recursos alimentares.
Atualmente, o Parque Hwange abriga mais de 45.000 elefantes, mas só pode confortavelmente suportar 15.000 deles, disse Farawo. No total, o Zimbabwe tem o dobro da capacidade numérica para os seus parques nacionais suportarem em termos de população de elefantes. Na semana passada, o Ministro do Meio Ambiente, Sithembiso Nyoni, autorizou o abate de elefantes, tendo em conta o excesso de elefantes no Zimbabwe e a sua limitada capacidade para os acomodar.
Além dos 83 elefantes na Namíbia, outros animais como 30 hipopótamos, 60 búfalos, 50 impalas, 300 zebras e 100 eland antílopes estão previstos para serem abatidos. "Esta ação é justificada, mesmo que esteja em linha com a nossa obrigação constitucional de utilizar os nossos recursos naturais para beneficiar os cidadãos da Namíbia", afirmou Romeo Muyunda, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente da Namíbia.
Apesar de a Botswana, situada entre o Zimbabwe e a Namíbia, abrigar a maior população de elefantes do mundo, com 130.000, ainda não mostrou intenções de abater elefantes para sustentar o seu próprio povo.
A decisão do Ministro do Meio Ambiente do Zimbabwe, Sithembiso Nyoni, autoriza o abate de elefantes em excesso devido à limitada capacidade dos parques nacionais para os acomodar. Como afirmou Romeo Muyunda, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente da Namíbia, esta ação é justificada, uma vez que beneficia os cidadãos da Namíbia, em linha com a sua obrigação constitucional de utilizar os seus recursos naturais.