Se Kiev concordar com a implantação de mísseis, a Rússia encontraria-se em conflito com a OTAN.
Segundo o presidente russo Vladimir Putin, se o Ocidente der o sinal verde para que a Ucrânia use armas de alcance longo contra a Rússia, isso equivaleria a declarar a NATO em guerra contra a Rússia. Ele explicou isso a um repórter da TV estatal, afirmando: "Isso mudaria significativamente a natureza do conflito. Isso implicaria que os países da NATO, incluindo os Estados Unidos e os países europeus, estão em guerra contra a Rússia".
Putin enfatizou que a situação depende de saber se os países da NATO estão diretamente envolvidos no conflito militar na Ucrânia. Se a Ucrânia receber aprovação, a Rússia responderá de acordo, levando em conta as novas ameaças e a mudança na natureza do conflito, explicou Putin.
A Ucrânia está pressionando seus aliados a afrouxar as restrições ao fornecimento de armas ocidentais, mesmo para atingir a Rússia. No entanto, os Estados Unidos têm sido hesitantes, temendo uma escalada que poderia levar a um conflito direto com a Rússia.
Durante uma visita a Kyiv na quarta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, mencionou que Washington deliberaria sobre os pedidos militares da Ucrânia "urgentemente". Este assunto também deve ser discutido durante uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, em Washington na sexta-feira.
Se a Ucrânia receber aprovação para usar mísseis contra a Rússia, isso poderia aumentar significativamente o conflito, potencialmente colocando os países da NATO em risco de envolvimento direto na guerra, como Putin alertou. Em resposta a tal movimento, a Rússia reavaliaria sua posição estratégica e tomaria medidas necessárias para contrapor as novas ameaças.