Republicanos dos EUA bloqueiam ajuda à Ucrânia
"A votação de hoje será recordada durante muito tempo", avisa o Presidente dos Estados Unidos ao Congresso, quando se tratar de autorizar uma nova ajuda à Ucrânia. No entanto, isto não impressiona os republicanos. Votaram unanimemente contra o pacote.
O Senado dos EUA bloqueou milhares de milhões de dólares em nova ajuda à segurança da Ucrânia e de Israel. O pacote de 110,5 mil milhões de dólares não obteve os 60 votos necessários numa votação interpartidária para ser debatido no Senado de 100 membros. Todos os republicanos do Senado votaram contra, tal como o senador independente Bernie Sanders, que normalmente vota com os democratas, mas que manifestou a sua preocupação quanto ao financiamento da "atual estratégia militar desumana" de Israel contra os palestinianos.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, também votou "não" por razões processuais, para permitir que a proposta fosse reformulada. Após a votação, o democrata falou de um "momento grave que terá consequências duradouras para o século XXI" e que põe em risco o declínio da democracia ocidental.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou a sua vontade de fazer "grandes compromissos" no período que antecedeu a votação e avisou: "Não se enganem, a votação de hoje será recordada durante muito tempo. A história fará um julgamento severo... não podemos permitir que (o Presidente russo Vladimir) Putin ganhe".
Os democratas defendem que a ajuda aos aliados é essencial para apoiar a democracia global e combater a autocracia. Bloquear o projeto de lei seria um sinal, tanto para os adversários como para os aliados dos EUA, de que os Estados Unidos não apoiam os seus parceiros internacionais.
Os republicanos defendem uma política de imigração restritiva
Ao votarem não, os republicanos pretendem fazer passar as suas exigências de uma política de imigração mais rigorosa e de controlo da fronteira sul. Também pedem uma maior responsabilização pelo dinheiro dos contribuintes americanos que circula no estrangeiro. Schumer já tinha afirmado que iria tentar quebrar o impasse com uma emenda sobre a política de fronteiras.
Há meses que republicanos e democratas no Congresso discutem o financiamento dos milhares de milhões de euros de ajuda à Ucrânia e a Israel, aos interesses dos EUA no Indo-Pacífico e à ajuda humanitária internacional, tal como exigido pelo Presidente Joe Biden. O acordo sobre um novo orçamento só foi possível após a exclusão da ajuda à Ucrânia. Há resistência, sobretudo entre os republicanos, a mais ajuda militar ao governo de Kiev.
Leia também:
- Ferozes combates casa a casa entre o exército israelita e o Hamas
- Ministro do Interior: abuso de manifestações intolerável
- Projeto "Nova Rota da Seda": A Itália diz arrivederci
- Chefe da ONU apela veementemente ao Conselho de Segurança para que actue em relação a Gaza
Fonte: www.ntv.de