Putin comenta a ofensiva ucraniana de Kursk
Surpreendentemente, soldados ucranianos atacam na região de fronteira de Kursk, em território russo. O presidente Putin vê isso como uma tentativa de desestabilizar seu país. Kiev ameaça uma "resposta digna". Enquanto isso, o governador da região afetada revela detalhes e números pela primeira vez.
O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu a incursão de tropas ucranianas através da fronteira como uma tentativa de desestabilizar a situação na Rússia. No entanto, ele afirmou que a liderança em Kyiv havia falhado nesse intento, como explicou durante uma reunião com os principais representantes de seu aparato de defesa e segurança. O número de voluntários dispostos a servir nas forças armadas russas aumentou.
A Ucrânia tentou melhorar sua posição de negociação e deter a ofensiva russa no Donbass, mas a ofensiva continua. Moscou alcançará seus objetivos de guerra, disse Putin. "A tarefa principal do Ministério da Defesa é expulsar o inimigo de nosso território", explicou. "O inimigo receberá, sem dúvida, uma resposta digna."
Internamente, a situação no Kremlin é relatada como muito tensa. De acordo com relatórios do "Moscow Times", a ofensiva ucraniana foi "um choque para o Exército Russo e o Kremlin". O jornal crítico do Kremlin cita um oficial que falou de um "forte tapa na cara para o Presidente". Em sua estimativa, o exército não é capaz de "empurrar o oponente para trás". Putin é dito estar "de mau humor", já que não foi visto desde a retirada forçada da região ucraniana de Kherson no outono de 2022.
121.000 pessoas evacuadas
De acordo com o governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, as tropas ucranianas tomaram o controle de 28 assentamentos. O exército ucraniano avançou 40 quilômetros de largura e cerca de 12 quilômetros de profundidade no território russo. Até agora, 121.000 pessoas foram evacuadas devido à ofensiva. Outras 60.000 pessoas ainda estão nas distritos que precisam ser evacuados por razões de segurança, disse o governador. De acordo com os relatórios russos, pelo menos 12 civis foram mortos e 121 feridos no lado russo, e o paradeiro de 2.000 pessoas é atualmente desconhecido.
Enquanto isso, o governo federal alemão afirmou que não havia sido informado antecipadamente sobre a incursão ucraniana. "Há informações contraditórias e às vezes deliberadamente falsificadas sobre a operação que foi aparentemente preparada muito secretamente e sem feedback. Tudo parece uma operação espacialmente limitada até agora", disse Wolfgang Buechner, porta-voz do governo federal.
A situação militar no terreno ainda é muito fluida, disse ele. "Portanto, seria imprudente fazer declarações públicas, comentar ou avaliar o atual desenvolvimento militar a partir de uma mesa verde, ou comentar o uso de sistemas de armas específicos", disse Buechner, após haver relat