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Os europeus de leste apelam a um maior empenhamento no plano de munições para a Ucrânia

Será que o fracasso do plano de munições da UE para a Ucrânia já não pode ser evitado? As pessoas na Europa de Leste acreditam que a situação não é tão negra como Boris Pistorius a faz parecer.

O Ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, comenta o plano de munições da UE para a Ucrânia..aussiedlerbote.de
O Ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, comenta o plano de munições da UE para a Ucrânia..aussiedlerbote.de

Os europeus de leste apelam a um maior empenhamento no plano de munições para a Ucrânia

A Europa de Leste apela a uma tentativa determinada de salvar o plano de munições da UE para a Ucrânia, que está ameaçado de fracasso. Numa entrevista à agência noticiosa alemã, o Ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, afirmou que, se não for possível organizar munições suficientes a partir das existências próprias do país e de novas encomendas da indústria, este deve estar preparado para comprar a países terceiros. Esta é uma das soluções possíveis.

O Sr. Pevkur salientou que, de acordo com o representante dos negócios estrangeiros da UE, Josep Borrell, quantidades significativas de munições produzidas na UE são fornecidas a outros países devido a contratos existentes. O PE considera que se poderiam realizar negociações com esses países para redirecionar as munições para a Ucrânia, que está a ser atacada pela Rússia. "A produção está lá", afirmou.

Pistorius espera que o plano da UE falhe

As exigências do político estónio foram feitas em resposta ao lento progresso do plano da UE para entregar um milhão de cartuchos de artilharia à Ucrânia até à primavera de 2024, razão pela qual o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, declarou na terça-feira, à margem das consultas da UE, que espera que o plano falhe. "O milhão não será atingido. Temos de partir desse princípio", afirmou o político do SPD. A razão para tal é a insuficiente capacidade de produção.

Pevkur também deixou claro que não considera uma boa ideia obrigar as empresas europeias de defesa a dar prioridade às encomendas para a Ucrânia, como está a ser considerado em alguns casos. A aceitação de contratos também faz parte do Estado de direito, afirmou. O recurso à coerção não permitiria alcançar o resultado desejado, mas arruinaria as relações com países terceiros e com a indústria. A única opção seria chegar a um acordo com esses países terceiros para adiar as entregas por consentimento mútuo, a fim de poder enviar mais munições para a Ucrânia.

Grandes quantidades de munições vão para países terceiros

Pevkur não quis dizer quais os países terceiros com os quais poderia ser negociado, devido à confidencialidade dos contratos. O Serviço de Ação Externa da UE também não comentou o assunto no início. No entanto, de acordo com Borrell, presume-se que cerca de 40% da produção é atualmente exportada para países terceiros.

Os progressos da UE no apoio à Ucrânia e os planos de ajuda para o futuro foram um dos principais tópicos da agenda de uma reunião de ministros da defesa em Bruxelas, na terça-feira. A 20 de março, os Estados da UE prometeram à Ucrânia que forneceriam um milhão de novos projécteis de artilharia para a guerra de defesa contra a Rússia no prazo de doze meses. Os novos projécteis deverão ser organizados a partir das reservas dos Estados-Membros, mas também através de novos projectos de aquisição conjunta e evitar a escassez nas forças armadas ucranianas.

Pressão também da Letónia

De acordo com os dados do Serviço Europeu para a Ação Externa, apenas cerca de 300 mil dos projécteis de artilharia previstos foram entregues até agora. Foram já encomendados cerca de 180 mil através de projectos de aquisição conjunta.

O Ministro da Defesa da Letónia, Andris Spruds, já tinha manifestado opiniões semelhantes às de Pevkur antes das consultas com a UE. Apelou à "ambição e ambição" para atingir os objectivos estabelecidos.

Fontewww.dpa.com

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