Orban continua a opor-se à adesão da Ucrânia à UE
Há dias que Orban tem vindo a travar a ajuda militar europeia à Ucrânia. Durante a sua visita a França, rejeitou categoricamente a adesão do país devastado pela guerra à UE. A Ucrânia é corrupta e tem de se aproximar primeiro de Bruxelas. Os deputados acusam-no de chantagem.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, reiterou a sua rejeição da adesão da Ucrânia à UE. "A Ucrânia é um dos países mais corruptos do mundo", afirmou o populista de direita numa entrevista ao semanário francês "Le Point". "Se a sua agricultura fizer parte da agricultura da UE, será destruída", acrescentou. Além disso, dois terços da população húngara são contra o início das negociações de adesão.
Na melhor das hipóteses, é concebível uma "parceria estratégica" entre a UE e a Ucrânia, sublinhou Orban. "Se conseguirmos aproximar a Ucrânia da UE, veremos dentro de alguns anos". Orban foi recebido pelo Presidente francês Emmanuel Macron na quinta-feira à noite. O Eliseu anunciou, antes do encontro, que os dois pretendiam também discutir o apoio à Ucrânia. O Eliseu anunciou antes do encontro que os dois pretendiam também discutir o apoio à Ucrânia, mas nada foi revelado sobre o conteúdo efetivo das conversações.
Fundos da UE para a Hungria congelados devido à falta de Estado de direito
No início desta semana, Orban ameaçou que a próxima cimeira da UE, em dezembro, iria "fracassar" se o Presidente do Conselho da UE, Charles Michel, não retirasse da agenda da cimeira as duas principais decisões sobre o apoio à Ucrânia. Macron convidou Orban para um almoço de trabalho com o objetivo de encontrar uma solução. Os diplomatas suspeitam que a ameaça de bloqueio de Orban tem como objetivo garantir a libertação de 13 mil milhões de euros em fundos da UE para o seu país. A UE tinha congelado os fundos devido a problemas com o Estado de direito na Hungria.
Os deputados do Parlamento Europeu acusaram Orban de "chantagem". Na entrevista, Orban também se vangloriou mais uma vez de ter resolvido o problema da migração no seu país. "Sou o único que construiu um muro", afirmou. "Não há migrantes na Hungria e orgulho-me disso". A UE deveria seguir o exemplo do seu país e só deixar entrar pessoas que tenham sido autorizadas para o efeito. "Se acham que a aceitação de migrantes conduzirá a algo agradável, a uma nova sociedade (...), então façam-no", afirmou, referindo-se aos outros Estados-Membros da UE. "Nós, na Hungria, achamos que é demasiado arriscado."
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Fonte: www.ntv.de