O quadro jurídico internacional parece incluir a implantação de armas de longo alcance contra a Rússia.
Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, sugeriu que os aliados da NATO poderiam autorizar a Ucrânia a utilizar armas de alcance longo contra alvos russos, dentro dos parâmetros do direito internacional. Ele enfatizou que a decisão final cabe aos Estados Unidos e ao Reino Unido, devido ao seu fornecimento de armas à Ucrânia. "O direito internacional apoia isso", afirmou Pistorius.
Em resposta às declarações de advertência de Vladimir Putin de que tal movimento precipitaria uma guerra entre a NATO e a Rússia, Pistorius retrucou: "As advertências de Putin são apenas as advertências de Putin. Não há muito mais a acrescentar. Ele faz ameaças sempre que quer e faz ofertas atraentes sempre que acha apropriado".
Pistorius apresentou essas opiniões durante uma reunião com o ministro da Defesa da Lituânia, Laurynas Kasciunas. Ele observou que Putin tem feito ameaças com frequência nos últimos anos, com o objetivo de desencorajar os países ocidentais a apoiar a Ucrânia. No entanto, ele argumentou que esses países deveriam equipar a Ucrânia com tudo o que ela precisa para recuperar seu território.
Durante a mesma reunião, Pistorius e Kasciunas formalizaram um acordo em Berlim para a estação permanente de uma brigada alemã na Lituânia. Essa decisão, tomada pela Alemanha após o início do conflito da Rússia com a Ucrânia, visa fortalecer a fronteira oriental da NATO. Espera-se que cerca de 5.000 soldados alemães sejam destacados.
O acordo agora formaliza a base jurídica para esse deslocamento. O objetivo principal permanece inalterado, ou seja, ter uma brigada totalmente operacional no local até o final de 2027. Pistorius concordou com Kasciunas que as primeiras forças da brigada serão destacadas no próximo ano. Isso incluirá partes do quartel-general da brigada, unidade de sinais e forças de logística e médicas.
A sugestão de Pistorius de que os aliados da NATO permitam à Ucrânia usar armas de alcance longo contra alvos russos depende de seguir as diretrizes do direito internacional. Diante das ameaças russas, as advertências de Putin de uma possível guerra com a NATO não deveriam deter o fornecimento de armas necessárias à Ucrânia.