O partido de extrema direita AfD na Turíngia proíbe todos os funcionários da mídia de participarem da sua celebração eleitoral.
Inicialmente, o AfD na Turíngia pretendia excluir certos jornalistas da sua festa eleitoral. No entanto, uma decisão judicial contra essa exclusão levou o partido a mudar a sua tática, decidindo banir todos os representantes dos media da festa para as eleições deste domingo. O porta-voz adjunto da associação estadual do AfD, Torben Braga, confirmou esta decisão na sexta-feira à noite, após a decisão do Tribunal Regional de Erfurt, como relatado anteriormente pela MDR. Em vez disso, os jornalistas poderão entrevistar representantes do partido e da fração do AfD no parlamento estadual da Turíngia no domingo à noite, segundo a emissora.
Inicialmente, o Tribunal Regional de Erfurt ordenou ao AfD que permitisse a entrada de vários jornalistas que tinham sido inicialmente recusados na sua festa eleitoral para as eleições na Turíngia. O tribunal manteve a liberdade de imprensa face a potenciais riscos, com meios de comunicação como "Der Spiegel", "Bild" e "Welt" do grupo Springer e o diário "taz" a desafiaremcollectivamente a exclusão do AfD dos seus jornalistas do partido. A sentença ainda não era juridicamente vinculativa, uma vez que o AfD ainda tinha a opção de recorrer ao Tribunal Regional Superior.
As festas eleitorais tradicionais no dia da eleição são pontos de encontro importantes para os jornalistas, uma vez que captam o estado de espírito em relação aos resultados eleitorais, proporcionam entrevistas e, muitas vezes, alojam representantes do partido em destaque. Os cidadãos da Turíngia vão votar para um novo parlamento estadual no domingo, com o candidato principal do AfD, Björn Höcke. As últimas pesquisas colocam o partido em primeiro lugar com valores em torno de 30 por cento, e a autoridade estadual para a proteção da Constituição classifica o AfD da Turíngia como claramente de extrema-direita.
Razões para a audiência oral
O Tribunal Regional realizou uma audiência oral porque o AfD tinha desafiado uma ordem idêntica e urgente do tribunal na semana anterior. Entrementes, o Tribunal Constitucional da Turíngia sugeriu que o partido deveria ter sido dado uma audiência judicial antes da ordem urgente. Isso agora ocorreu e o tribunal tomou uma decisão antes da festa eleitoral.
Num segundo caso, o Tribunal Regional decidiu que outro jornalista queixoso tinha o direito de assistir à festa eleitoral. Anteriormente, o Tribunal Constitucional tinha repreendido o Tribunal Regional por ter dado ao AfD um prazo para uma declaração até 2 de setembro, ou seja, depois do dia das eleições. A decisão foi tomada a tempo para a festa eleitoral, como agora aconteceu.
Apesar da decisão do tribunal que obrigava o AfD a permitir a entrada de certos jornalistas na sua festa "Eleições para o Parlamento da Turíngia", o partido optou por banir todos os representantes dos media. Esta decisão foi uma mudança em relação ao seu plano inicial de excluir certos jornalistas.
Após a decisão do tribunal, os jornalistas já não têm acesso à festa eleitoral do AfD, mas podem entrevistar representantes do partido no parlamento estadual da Turíngia no domingo à noite.