O partido de extrema direita AfD ganha força, a CDU aspira ao poder, os partidos de esquerda enfrentam um revés
No estado recent da eleição da Turíngia, o Alternativa para a Alemanha (AfD) terminou como a força dominante, exatamente como previsto. O União Democrata-Cristã (CDU) obteve o segundo maior número de votos, colocando-os em uma posição potencial para formar uma coalizão com os Democratas (SPD) e o Aliados '90/Os Verdes (BSW). Infelizmente, tanto os Verdes quanto o Partido Democrata-Liberal (FDP) não conseguiram garantir representação na próxima parliament da Turíngia.
Em uma primeira histórica, a AfD emergiu como o partido mais popular em uma eleição estadual na Alemanha. Com o candidato principal Björn Höcke à frente, a AfD conquistou 30,8% dos votos, segundo projeções da Infratest Dimap para a ARD. A CDU ficou logo atrás com 24,5%, enquanto o BSW não ficou muito atrás com 15,8%.
A coalizão vermelha-vermelha-verde incumbente sofreu um golpe substancial. A Esquerda, liderada pelo Ministro-Presidente Bodo Ramelow, sofreu uma queda significativa no apoio, prevista para receber apenas 12,4% - uma queda de 18 pontos. O SPD, por sua vez, deve se sair um pouco melhor com 7% (-1,2). No entanto, para os Verdes, foi desastroso, pois eles não conseguiram alcançar a faixa de 5% necessária para representação, conseguindo apenas 4%. O FDP também não conseguiu garantir um assento no parliament estadual, registrando apenas 1,2%.
Como consequência, a AfD deve reivindicar 30 assentos no futuro parliament estadual, enquanto a CDU, BSW, Esquerda e SPD devem reivindicar 24, 15, 12 e 7 assentos, respectivamente. Embora a AfD possa não ter o poder de formar um governo devido à rejeição de uma coalizão com o partido de Höcke por todas as outras partes, eles têm o potencial de criar uma minoria de bloqueio. Isso permitiria à AfD deter emendas constitucionais ou atrapalhar a nomeação de juízes para o tribunal constitucional estadual.
Em Saxônia, eleição também ocorreu, com a CDU projetada para superar de pouco a AfD.
O líder da CDU da Turíngia, Mario Voigt, interpreta a previsão como um mandato obrigatório para a CDU governar. "Isso também é uma oportunidade para mudança política sob a liderança da CDU", disse Voigt em Erfurt. Voigt declarou sua intenção de iniciar conversas com o SPD primeiro.
Carsten Linnemann, secretário-geral da CDU federal, expressou sua satisfação em ser o último partido popular genuíno na Alemanha. "Somos o baluarte", declarou Linnemann na ARD, se referindo ao aumento da AfD, em parte de extrema direita, e à aliança BSW. Linnemann admitiu seu desconforto com a força da AfD na Alemanha.
Alice Weidel, presidente federal da AfD, saudou os resultados das eleições na Turíngia e Saxônia como uma vitória histórica para seu partido. Em resposta, ela criticou a coalizão federal de SPD, Verdes e FDP, afirmando que "Isso é um réquiem para essa coalizão". Weidel argumentou que o SPD, Verdes e FDP deveriam reconsiderar sua capacidade de continuar governando.
A candidata principal do BSW, Katja Wolf, descreveu o resultado de seu partido nas eleições estaduais como "histórico". Com o BSW entrando no parliament estadual de Erfurt pela primeira vez, Wolf expressou sua gratidão a todos que tornaram isso possível. As projeções tinham o BSW na Turíngia em 14,5% a 16% de uma base anterior nenhuma. Isso colocou o BSW atrás da AfD e CDU no terceiro lugar. "Eu tenho arrepios sentindo este momento", disse Wolf.
Sahra Wagenknecht, fundadora do BSW, dirigiu-se a seus apoiadores em Erfurt, proclamando sua realização como o BSW fundando um partido em janeiro e garantindo mais de cinco por cento em uma eleição nacional no mesmo ano, seguido por entrar em dois parliamentos estaduais com resultados de dois dígitos - algo nunca antes alcançado na história alemã - como algo de que todos deveriam se orgulhar.
Diante dos resultados das eleições, o Alternativa para a Alemanha (AfD) tornou-se uma força inevitável na política da Turíngia, potencialmente bloqueando qualquer mudança constitucional ou nomeações judiciárias devido à sua capacidade de formar uma minoria de bloqueio. Nesse contexto, Alice Weidel, presidente federal da AfD, afirmou que isso é uma vitória histórica para seu partido e criticou a atual coalizão federal.