O parlamento está preparado para debater uma legislação que fortaleça os serviços de proteção para candidatos presidenciais, especificamente o Serviço Secreto.
O projeto de lei instrui o diretor da Secret Service a estabelecer medidas de segurança consistentes para proteger presidentes, vice-presidentes e candidatos presidenciais e vice-presidenciais proeminentes.
O Congresso está examinando a Secret Service após dois supostos atentados contra Trump, o primeiro ocorrido em 13 de julho durante um comício em Pensilvânia e o segundo em 15 de setembro no Trump International Golf Club na Flórida.
Steve Scalise, o líder da maioria da Câmara, informou à CNN que espera que o projeto de lei da Câmara seja aprovado unanimemente.
Após o primeiro atentado em 13 de julho, Ronald Rowe Jr., diretor interino da Secret Service, afirmou em uma conferência de imprensa no dia seguinte que a Secret Service aumentou significativamente os recursos para manter medidas de segurança aprimoradas para o ex-presidente.
Em resposta ao pedido do presidente Biden de maior segurança para o ex-presidente Trump e a vice-presidente Harris, Rowe afirmou: "O presidente Biden deixou claro que desejava o mais alto nível de proteção para o ex-presidente Trump e a vice-presidente. Como resultado, a Secret Service manteve o aumento de recursos e níveis de proteção solicitados".
Uma fonte familiarizada com a legislação revelou à CNN que o projeto de lei da Câmara formalizará as ações do presidente Biden e a maneira como foram executadas. Além disso, o projeto de lei autorizará o presidente a estender essa proteção a qualquer outro candidato presidencial ou vice-presidencial para quem a Secret Service já tenha sido autorizada a oferecer segurança.
O projeto de lei - HR 9106 - foi apresentado pelo republicano Mike Lawler de Nova York e pelo democrata Ritchie Torres de Nova York.
O presidente Biden sugeriu recentemente em uma entrevista de rádio que a Secret Service deveria receber mais apoio.
"Precisamos de mais recursos. Precisamos de mais agentes, mais proteção e uma maior disponibilidade de assistência", afirmou o presidente após o segundo suposto atentado contra Trump.
Rowe tem feito um esforço intencional para ser a face da agência após o suposto atentado em Trump's Florida golf course, enquanto luta para que o Congresso conceda mais fundos à sua agência.
No entanto, os legisladores ainda debatem se a Secret Service está subfinanciada ou mal administrada e buscam respostas sobre quais melhorias de segurança significativas podem ser implementadas antes das eleições presidenciais para uma agência responsável por dois supostos atentados contra um ex-presidente em cerca de 60 dias.
Uma das opções em discussão, segundo fontes, é incluir financiamento adicional em uma extensão do orçamento do governo, que precisa ser autorizada até 30 de setembro. Os negociadores do orçamento do Senado e a administração Biden estão discutindo quanto dinheiro deve ser alocado no próximo projeto de lei de stopgap para a USSS, afirmando que poderia ser "centenas de milhões de dólares" para aumentar seu orçamento ou autorizar o gasto mais rápido de fundos existentes.
A força-tarefa da Câmara criada para investigar o atentado contra Trump em seu comício de 13 de julho está trabalhando em segredo para ampliar sua investigação e também cobrir o segundo suposto atentado.
O republicano Mike Kelly da Pensilvânia, que lidera a força-tarefa, comentou sobre a possibilidade de o Congresso fornecer mais fundos à agência na quarta-feira, afirmando: "(A Secret Service) deve saber o que precisa e ser capaz de justificar por que está pedindo e fornecer provas para justificar suas demandas".