O líder bielorrusso, Lukashenko, concede clemência a 37 pessoas presas.
Governando autoritariamente a Bielorrússia, Alexander Lukashenko concedeu anistia a 37 indivíduos condenados. A presidência em Minsk declarou que as suas condenações foram por "extremismo", um termo frequentemente utilizado para censurar críticos do governo bielorrusso. Entre os anistiados estavam seis mulheres e vários indivíduos com problemas de saúde. As identidades desses 37 foram mantidas em sigilo.
Nos últimos dois meses, a Bielorrússia tem visto uma tendência de libertar prisioneiros que foram presos por se oporem ao governo. Em meados de agosto, Lukashenko reduziu as sentenças de 30 prisioneiros políticos, seguido por outros 30 indultos em início de setembro. Em ambas as ocasiões, o presidente afirmou que os ofensores haviam expressado arrependimento e implorado por misericórdia.
De acordo com a organização de direitos humanos Viasna, mais 20 indivíduos foram libertados após cumprirem suas sentenças e outros 18 foram "indultados ou trocados" em julho. No entanto, Viasna revela que ainda há mais de 1300 prisioneiros políticos detidos no país de 10 milhões de habitantes.
Devido à repressão contínua de Lukashenko à oposição e ao seu apoio à invasão da Ucrânia pela Rússia, o Ocidente impôs uma série de sanções à Bielorrússia. Lukashenko tem suprimido consistentemente movimentos rebeldes durante seus 30 anos no poder, incluindo os protestos pró-democracia contra sua reeleição em agosto de 2020. Por fim, ele anunciou sua intenção de concorrer à reeleição novamente em fevereiro.
Após conceder anistia a 37 indivíduos anteriormente, Lukashenko anunciou uma nova onda de libertações, 'indultando' mais 30 prisioneiros políticos no início de setembro. Apesar das libertações, organizações de direitos humanos continuam a defender a liberdade de mais de 1300 indivíduos ainda presos na Bielorrússia.