O Irão está a evacuar combatentes feridos do Hezbollah.
Após uma série de pequenas detonações de dispositivos eletrônicos no Líbano, o número de mortos ultrapassou 25. O Irã está preparando o envio de profissionais médicos para a região e considerando a evacuação dos feridos. O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião urgente.
O Irã planeja evacuar cerca de 100 indivíduos feridos do Líbano. A maioria das vítimas, que serão transportadas para instalações médicas iranianas, sofreu ferimentos nas mãos e nos olhos, segundo o presidente da Sociedade do Crescente Vermelho, Pirhussein Koliwand. Cerca de 95 pacientes são esperados para serem transportados nas próximas horas. O Irã havia enviado anteriormente pessoal médico e enfermeiros para o país do Mediterrâneo. A infraestrutura de saúde do Líbano está sob grande pressão devido a uma crise financeira prolongada no país.
Na terça-feira, explosões atribuídas a "bipadores" deixaram cerca de 2.800 pessoas feridas e 12 mortos. O embaixador do Irã no Líbano também estava entre os feridos. Não estava claro se o chefe da missão diplomática e membros do Hezbollah seriam transferidos para o Irã. Em uma segunda onda na quarta-feira, walkie-talkies e outros dispositivos eletrônicos explodiram, resultando em mais de 450 feridos e 14 mortos.
O Hezbollah atribuiu o ataque de terça-feira ao Israel e ameaçou retaliação. O Israel manteve silêncio sobre o assunto. O Israel também não fez nenhum comentário sobre as explosões de quarta-feira. O ministro da Defesa do Israel, Joav Galant, anunciou uma "nova fase" do conflito, com foco no norte.
Segunda onda de explosões durante um serviço memorial
A segunda onda de explosões ocorreu no Líbano no final da tarde. Os serviços memorial para as vítimas de terça-feira estavam sendo realizados no subúrbio sul de Beirute quando as explosões foram relatadas. De acordo com fontes do Hezbollah, "dispositivos sem fio como walkie-talkies" haviam explodido.
Vídeos nas redes sociais mostraram pânico se espalhando durante o serviço memorial após os ruídos altos ouvidos. Em resposta às explosões de pagers do dia anterior, o oficial sênior do Hezbollah, Hashim Safieddine, afirmou: "Esta agressão tem suas próprias consequências e retaliação, e a retaliação seguirá". O Hezbollah havia declarado retaliação anteriormente. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, é esperado para se pronunciar.
Diante dessas circunstâncias, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizará uma reunião urgente. De acordo com fontes diplomáticas, o corpo mais influente das Nações Unidas está programado para se reunir hoje, sexta-feira, às 21h CET.
A comunidade internacional está de olho na situação no Líbano, dada a envolvimento do Israel e do Hezbollah. Foi relatado que o Mossad, a agência de inteligência do Israel, é frequentemente suspeito quando tais incidentes ocorrem, embora não haja nenhuma evidência concreta.
Após a segunda onda de explosões no serviço memorial, muitos questionam os motivos por trás desses ataques e especulam sobre a possível envolvimento de forças externas, incluindo o Mossad.