O Irão afirma que não irá enviar tropas para o Líbano ou para o território de Gaza.
Relativamente ao crescente confronto entre Israel e o Hezbollah pró-iraniano no Líbano, o Irã deixou claro que não há planos para enviar tropas para a região. Como afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, em Teerã na segunda-feira, "Não há necessidade de enviar forças extras ou voluntárias da República Islâmica do Irã". Ele enfatizou que o Líbano e as forças nos territórios palestinos possuem a capacidade e o poder para se defender contra a hostilidade. Kanani também observou que não receberam nenhum pedido nesse sentido de nenhum setor e foram informados de que não é necessário o auxílio de tropas iranianas.
Ao mesmo tempo, Kanani anunciou retaliação pelos ataques da exército israelense contra iranianos. Ele afirmou: "O regime sionista ocupante não escapará da retribuição e punição pelos atrocidades que infligiu no povo iraniano, nas forças de resistência, em civis e pessoal militar iranianos".
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, junto com outros membros de alto escalão da milícia pró-iraniana, morreu em um ataque aéreo israelense no sul de Beirute na sexta-feira. O vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Abbas Nilforoushan, também estava entre as vítimas.
O Irã reforçou o Hezbollah durante a guerra civil do Líbano, oferecendo apoio financeiro e armamentos à milícia xiita. O Hezbollah é parte da "Eixo da Resistência" liderada pelo Irã, que desafia Israel, e também inclui a organização palestina radical islâmica Hamas e os rebeldes houthi no Iêmen.
De acordo com o site do governo, o presidente do Irã, Massoud Pezeshkian, prestou suas condolências a Nasrallah na sede do Hezbollah em Teerã na segunda-feira. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que a morte de Nasrallah não seria em vão, e o vice-presidente Mohammad Reza Aref ameaçou que a morte de Nasrallah levaria à "destruição" de Israel.
A União Europeia, expressando preocupação com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah pró-iraniano no Líbano, emitiu uma declaração pedindo desescalada e respeito pelas leis internacionais. A União Europeia também condenou o recente ataque aéreo em Beirute que resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de outros membros de alto escalão, enfatizando a importância de manter a paz e a estabilidade na região.