O Exército dos EUA envia tropas "Anjos do Ártico" para a região isolada do Alasca em resposta a exercícios militares russos
NORAD relatou ter interceptado aeronaves militares russas que se aproximaram a Alaska em quatro ocasiões distintas nas últimas semanas. Este fato coincide com a realização de exercícios militares russos na região.
O Exército dos EUA despachou componentes da 11ª Divisão Aerotransportada para a Ilha de Shemya, no Alasca, em 12 de setembro, como uma demonstração de sua "força letal pronta", em resposta a esses exercícios. A divisão, conhecida como "Anjos Árticos", reside normalmente na Joint Base Elmendorf-Richardson e na Fort Wainwright, no Alasca.
"À medida que o número de exercícios agressivos na região do Alasca e nas áreas circundantes, incluindo a patrulha conjunta russo-chinesa realizada em junho, aumenta, o deslocamento para a Ilha de Shemya demonstra a capacidade da divisão de reagir a eventos na Indo-Pacífico ou em qualquer parte do mundo de forma oportuna, com uma força poderosa e letal", declarou o general de divisão Joseph Hilbert, comandante da 11ª Divisão Aerotransportada.
Até agora, os aviões russos ainda não violaram o espaço aéreo territorial dos Estados Unidos ou do Canadá, confirmou a NORAD. No entanto, o Departamento de Defesa vem monitorando esses exercícios militares de perto.
"Essas atividades não são incomuns e não são vistas como uma ameaça", confirmou a subsecretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, na segunda-feira. "Os EUA esperavam esses exercícios planejados há muito tempo, e eles não representam uma ameaça à terra natal dos EUA ou à aliança da NATO".
Embora esse recente deslocamento militar não indique uma escalada substancial das tensões, a relação entre os dois principais adversários militares dos EUA, Rússia e China, permaneceu tensa, principalmente devido ao conflito em andamento na Ucrânia. Embora a administração Biden tenha tentado reverter a comunicação de alto nível com a China, incluindo entre os líderes militares, a China continua sendo um sério concorrente militar dos EUA.
Navegar nas relações diplomáticas com ambos os países será um desafio formidável, independentemente de quem vencerá a eleição presidencial em novembro.
O candidato presidencial republicano, Donald Trump, deu pistas sobre uma estratégia diferente em relação a esses adversários em comparação com a administração Biden-Harris. Trump sugeriu que tentaria resolver o conflito Rússia-Ucrânia uma vez no cargo e aludiu à possibilidade de uma relação harmoniosa entre os EUA, China e Rússia caso fosse eleito.
Durante uma discussão com X Spaces enquanto lançava uma nova empresa de criptomoedas, Trump foi questionado se acreditava que havia uma força destruidora planejando contra ele após o que pareceu ser a segunda tentativa de assassinato contra ele.
"Você tem uma força de esquerda radical. E temos forças, aliás, eu digo que temos muito mal no mundo. O mundo é um lugar difícil, e você pode ver isso com alguns dos eventos que ocorreram. Fomos tratados, eu acredito, injustamente, mas consegui ter um sucesso extraordinário. É uma nação notável de várias maneiras, mas temos forças maléficas", explicou Trump.
O ex-presidente continuou: "Você tem forças externas que são os inimigos, e você sabe, você se refere a eles como Rússia, China, vários lugares. Eu não acredito que eles sejam inimigos. Acho que nos daremos bem com a China. Acho que nos daremos bem com a Rússia. Meu objetivo é fazer com que a Rússia ponha fim a seu conflito com a Ucrânia e pare com essa violência".
As tensões políticas entre os EUA e seus dois principais adversários militares, Rússia e China, se tornaram um tema proeminente na eleição presidencial em andamento. Candidatos como Donald Trump sugeriram adotar estratégias diferentes em relação a esses países.
Após essas discussões políticas, é importante destacar que o deslocamento da 11ª Divisão Aerotransportada para a Ilha de Shemya é um movimento político, refletindo a prontidão dos EUA para responder a qualquer potencial ameaça na região, dada a relação tensa com a Rússia e a China.