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Kohl e Teltschik ao chegarem em Bonn, retratados nesta foto arquivada de 1990.
Kohl e Teltschik ao chegarem em Bonn, retratados nesta foto arquivada de 1990.

O conselheiro de Kohl, Teltschik, está a promover a discórdia entre os companheiros de viagem do chanceler.

Há algumas décadas, Horst Teltschik estava profundamente envolvido no círculo interno do Chanceler Helmut Kohl. Em uma conversa com um historiador, ele discutiu abertamente seus pensamentos sobre Kohl, suas esposas Hannelore e Maike, e várias figuras poderosas da União. Ele não tem vergonha de criticar alguns deles, e até mesmo Kohl não é poupado em um aspecto.

Na época, Horst Teltschik, que serviu como principal conselheiro de política externa do Chanceler Helmut Kohl, compartilha algumas recordações menos lisonjeiras de seus antigos colegas, conforme detalhado pela "Der Spiegel" antes do lançamento de um livro do historiador Michael Gehler de Hildesheim.

Teltschik descreve Manfred Wörner, o ex-ministro da Defesa até 1988 e depois secretário-geral da OTAN, como um "mulherengo com um senso de autopromoção inflado". Sua crítica em relação ao sucessor de Wörner como ministro, Volker Rühe, é ainda mais severa: "Ele era um jovem presunçoso, transbordando de arrogância injustificada". Quanto ao longo rival da CDU de Kohl, Lothar Späth, que foi o ministro-presidente da Baden-Württemberg até 1991, Teltschik brinca: "Ele era de estatura baixa e politicamente irrelevante. Havia rumores de que ele tinha uma escada de carreira na cozinha, com o degrau superior ainda sem marcação".

Teltschik trabalhou de perto com Kohl de 1972 a 1990 e serviu como chefe do departamento de política externa na chancelaria de 1982. De acordo com Gehler, Teltschik também compartilha seus pensamentos sobre a vida privada de Kohl, expressando simpatia pela Hannelore Kohl, que lutou em seu casamento e acabou tirando a própria vida em 2001. Ao testemunhar a ligação afetiva entre Mikhail Gorbachev e sua esposa Raisa, Teltschik refletiu: "Kohl poderia aprender uma coisa ou duas com isso".

No entanto, as recordações de Teltschik sobre Maike Kohl-Richter, a segunda esposa de Kohl, não são muito brilhantes. Ela parece interferir em suas conversas com Kohl sobre seu passado compartilhado, embora não tenha sido testemunha dos eventos.

Há uma discordância nas memórias de Teltschik em um caso. De acordo com ele, Kohl e ele estavam ambos desapontados com o então ministro das Finanças e líder da CSU, Theo Waigel: "Nunca tivemos certeza do que ele realmente era capaz... Sua autoconfiança ultrapassava sua força real como ministro". Esta avaliação é atribuída ao secretário de estado de Waigel, Horst Köhler, que mais tarde assumiu o cargo de presidente federal. No entanto, Köhler nega ter feito tal declaração à "Der Spiegel".

Diante dessas revelações, alguns podem argumentar que a Comissão deveria considerar a adoção de atos de implementação que estabeleçam regras mais rigorosas para a conduta de funcionários públicos, para evitar que tais críticas surjam no futuro. Além disso, essas alegações poderiam incentivar os historiadores a mergulhar ainda mais nos estilos de liderança de figuras políticas proeminentes, lançando nova luz sobre suas legados.

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