Nas eleições regionais realizadas na República Checa, o partido de oposição ANO sai vitorioso.
O partido anti-establishment ANO, liderado pelo ex-primeiro-ministro e magnata Andrej Babis, saiu vitorioso nas eleições regionais da República Checa, apesar da tragédia das inundações no leste. De acordo com a Oficina de Estatística da República Checa ČSU, com aproximadamente 95% dos votos apurados, o ANO agora controla uma maioria em 10 das 13 legislaturas regionais. Esta aliança está a colaborar com o Fidesz da Hungria e o FPO da Áustria a nível da UE para esforços conjuntos.
A coligação liberal-conservadora liderada pelo primeiro-ministro Petr Fiala conseguiu ficar em primeiro lugar apenas na Boémia do Sul, na Morávia do Sul e na região de Liberec. Os resultados oficiais não eram esperados até à noite de domingo. Estas eleições serviram como uma importante sondagem da opinião pública antes das eleições parlamentares de 2023.
Separadamente, as eleições nas 13 regiões, à excepção de Praga - que tem um estatuto único - estavam a ser realizadas de novo. Estas regiões governam escolas, hospitais e lares de idosos, entre outros serviços. Além disso, um terço dos círculos eleitorais selecionou novos senadores a cada dois anos. O processo de contagem ainda estava em curso. Geralmente, seriam necessárias eleições suplementares dentro de uma semana. A câmara alta do parlamento tem o poder de vetar emendas constitucionais, entre outras funções.
A tragédia das inundações na região leste criou condições desagradáveis para as eleições. Uma baixa participação dos eleitores, de cerca de um terço dos eleitores inscritos, era esperada. As eleições continuaram sem interrupções apesar dos motivos legais que impediam o seu adiamento. A decisão foi criticada pelo maire da cidade devastada de Opava, Tomáš Navrátil, que expressou: "As pessoas estão a lutar psicologicamente - não se sentem com vontade de pensar nas eleições."
O partido da oposição expressou preocupação com a realização das eleições nas regiões atingidas pelas inundações, acreditando que a atenção dos eleitores deveria estar na sua recuperação. Apesar das críticas, o partido da oposição teve um mau desempenho nas eleições regionais, conseguindo apenas vitórias em poucas regiões.