Ministro do Likud propõe a reinstalação dos residentes de Gaza
Os ataques maciços do exército israelita deixaram uma destruição devastadora na Faixa de Gaza. A ministra israelita dos Serviços Secretos, Gila Gamliel, apela à poupança de dinheiro para a reconstrução. As pessoas que ali vivem devem "construir uma nova vida num novo país de acolhimento".
A ministra israelita dos Serviços Secretos, Gila Gamliel, apelou no domingo à comunidade internacional para que promova a "reinstalação voluntária" dos palestinianos da zona costeira noutros países, em vez de reconstruir a Faixa de Gaza. Em vez de contribuir com dinheiro para a reconstrução da Faixa de Gaza ou para a "falhada" Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA), "a comunidade internacional pode contribuir para os custos da reinstalação" e ajudar os habitantes da Faixa de Gaza "a construir uma nova vida nos seus novos países de acolhimento", escreveu Gamliel no jornal Jerusalem Post, no domingo.
Após a guerra, seria uma "opção" "promover a reinstalação voluntária dos palestinianos de Gaza fora da Faixa de Gaza por razões humanitárias", explicou o político do partido Likud do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Todas as tentativas anteriores de encontrar uma solução falharam. A sua proposta pode ser "uma solução em que todos ganham: uma vitória para os civis de Gaza, que querem uma vida melhor, e uma vitória para Israel depois desta catástrofe devastadora", continuou Gamliel.
Abbas receia uma "segunda Nakba
Em 7 de outubro, centenas de combatentes do Hamas, classificado como organização terrorista pelos EUA e pela UE, atacaram Israel e cometeram atrocidades, sobretudo contra civis. Segundo dados israelitas, cerca de 1 200 pessoas foram mortas em Israel e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns na Faixa de Gaza.
Em resposta ao ataque do Hamas, Israel lançou ataques maciços contra alvos na Faixa de Gaza e as tropas terrestres também entraram no território palestiniano. De acordo com o Hamas, que não pode ser verificado de forma independente, cerca de 13.000 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início dos ataques israelitas, há cerca de seis semanas.
Em outubro, o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas alertou para uma "segunda Nakba", tendo em conta a evacuação de mais de um milhão de pessoas do norte da Faixa de Gaza, ordenada por Israel na sequência do ataque do Hamas. Abbas utilizou o termo "Nakba" (catástrofe) para se referir à fuga ou expulsão de cerca de 760.000 palestinianos após a fundação do Estado israelita em 1948.
Fontewww.ntv.de