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Kennedy apoia a estratégia de Trump: focar nos Estados em balanço

Em contraste com o desagrado de sua família, o sobrinho de um renomado democrata apoia publicamente Donald Trump, com o Partido Republicano estendendo um gesto de boas-vindas a ele.

Trump, exibindo um sorriso evidente, convida Kennedy para subir ao palco em Arizona. Em estados...
Trump, exibindo um sorriso evidente, convida Kennedy para subir ao palco em Arizona. Em estados indecisos, como esse, o apoio dos independentes poderia potencialmente aumentar os números de votos republicanos.

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O candidato à presidência dos EUA imparcial, Robert F. Kennedy, conhecido por sua postura não partidária, decidiu apoiar o líder republicano Donald Trump em alguns estados-chave disputados. Essa declaração foi feita em um evento realizado no Arizona, com Kennedy aparecendo em um comício de Trump algumas horas depois. Essa decisão pode potencialmente beneficiar Trump em sua competição contra a candidata democrata Kamala Harris nas eleições de novembro, embora o grau desse benefício permaneça incerto.

Bem-vindo ao Público

Os seguidores de Trump em Glendale receberam Kennedy com gritos de "Bobby, Bobby", seu apelido afetuoso. O ex-presidente reconheceu-o expressando seu descontentamento com os ataques anteriores de Kennedy durante a campanha. "Mas ele é um indivíduo notável", disse Trump, enfatizando sua meta comum de eliminar a estabelecimento político corrupto. Os apoiadores de Kennedy incentivaram Trump a se unir a eles. Kennedy, por sua vez, afirmou que não havia discutido questões de discordância com Trump, mas sim valores e preocupações compartilhados.

Crítica Enérgica ao Sistema

Kennedy admitiu que Trump lhe ofereceu um cargo em sua possível administração. Ele justificou seu apoio ao republicano devido à sua insatisfação com os democratas, acusando-os de manipular a campanha por meios não democráticos. Ele também criticou fortemente os meios de comunicação dos EUA, alegando que sua cobertura era tendenciosa e favorável aos democratas.

Kennedy indicou que pretendia retirar seu nome da disputa em estados indecisos, embora isso possa não ser viável em todos os lugares devido ao curto prazo. No entanto, Kennedy esclareceu que não estava se retirando completamente da corrida. Em outros estados, os eleitores ainda poderiam votar nele sem beneficiar nem Trump nem Harris, explicou.

Campanha sem Perspectivas

O sobrinho do icônico ex-presidente John F. Kennedy, as chances presidenciais de Kennedy são consideradas pequenas, com uma média de aprovação de cerca de 5%. Tanto democratas quanto republicanos monitoram seu progresso com apreensão. A disputa entre Trump e Harris é apertada, e Kennedy tem o potencial de atrair votos decisivos de ambos os lados. As pesquisas atuais sugerem que sua candidatura poderia ser mais prejudicial para Trump. O apoio de Kennedy poderia potencialmente mitigar o risco de uma base conservadora fragmentada em estados cruciais, o que beneficiaria Trump.

Estados Cruciais

A decisão de Kennedy é significativa devido ao sistema eleitoral complexo dos EUA. Enquanto a maioria dos estados se inclina fortemente para o republicano ou democrata, alguns são altamente disputados. Expecta-se que as eleições sejam acirradas em estados como Pensilvânia, Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin.

Em novembro, os eleitores determinarão a composição do Colégio Eleitoral de 538 membros, que elege oficialmente o presidente. Para garantir a vitória, os candidatos precisam de pelo menos 270 votos eleitorais. A maioria no Colégio Eleitoral, não a maioria dos votos no país, é decisiva. O número de votos eleitorais por estado é aproximadamente baseado em sua população. Em a maioria dos estados, o vencedor recebe todos os votos eleitorais - mesmo com vitórias mínimas.

Rumores sobre a retirada de Kennedy já haviam surgido. Sua companheira de chapa vice-presidencial, Nicole Shanahan, havia sugerido uma aliança com Trump. Simultaneamente, rumores circulavam sobre o campanha ficando sem fundos.

Kennedy tem uma linhagem política proeminente e tem sido democrata por anos. No entanto, ele vem se distanciando do partido e declarou sua candidatura presidencial independente em outubro de 2023. Ele é frequentemente criticado por democratas e membros da família por defender teorias da conspiração e se associar a políticos de extrema direita, agora se autodenominando cético em relação às vacinas.

Membros da família condenaram o apoio de Kennedy a Trump como uma traição aos valores prezados pelo pai e pela família. Eles descreveram sua decisão como o "trágico desfecho de uma história triste". Sua lealdade agora se volta para a candidata democrata Harris e seu companheiro de chapa, Tim Walz.

Estratégia de Campanha

A decisão de Kennedy de apoiar Trump em certos estados durante a campanha eleitoral pode servir como uma jogada estratégica, já que ele busca atrair votos desiludidos descontentes com a política partidária tradicional.

Paisagem Política Fragmentada

A paisagem política tornou-se cada vez mais fragmentada, com candidatos independentes como Kennedy buscando apoio de ambos os partidos principais em tentativas de influenciar os resultados das eleições.

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