Homem do Minnesota condenado injustamente sai em liberdade após quase 20 anos de prisão
Marvin Haynes, atualmente com 35 anos, foi condenado por homicídio em primeiro grau em 2004 por ter morto a tiro Randy Sherer, de 55 anos, numa florista de Minneapolis. Na altura, tinha apenas 16 anos. O processo contra ele baseou-se quase exclusivamente em provas testemunhais. Mais tarde, uma testemunha disse que não chegou a ver bem o suspeito e outra desmentiu o seu depoimento.
Numa revisão do caso apresentada pelo Projeto de Inocência do Grande Norte, o Gabinete do Procurador do Condado de Hennepin concordou que o direito de Haynes a um processo justo tinha sido violado.
A sua condenação foi anulada na sequência de uma audiência realizada em novembro, durante a qual os seus advogados "apresentaram provas que demonstravam que os procedimentos de identificação utilizados para condenar o Sr. Haynes eram inconsistentes com as melhores práticas e desnecessariamente sugestivos", afirmou o Projeto Inocência do Grande Norte num comunicado de imprensa.
"Quero agradecer ao Projeto de Inocência do Grande Norte, a Julie Jonas, à minha família e amigos e a todos os que me apoiaram durante esta longa jornada", afirmou Haynes no comunicado.
A procuradora do condado de Hennepin, Mary Moriarty, chamou a acusação de Haynes de "uma terrível injustiça" num comunicado de imprensa de segunda-feira.
"Não havia provas forenses, como impressões digitais ou ADN. Não havia nenhum vídeo que o ligasse ao crime. A arma do crime nunca foi recuperada", disse Moriarty.
"Infligimos danos ao Sr. Haynes e à sua família, e também a Harry Sherer, a vítima, à sua família e à comunidade", prosseguiu. "Não podemos desfazer o trauma vivido por aqueles que foram afectados por esta acusação, mas hoje demos um passo para corrigir este erro."
O procurador do condado também pediu desculpas a Haynes, dizendo: "Para Marvin Haynes: Você perdeu a oportunidade de se formar no ensino médio, participar do baile de formatura, ter relacionamentos, participar de casamentos e funerais e estar com sua família durante as férias. Por isso, lamento profundamente".
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Fonte: edition.cnn.com