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Grande troca de prisioneiros <unk> Moscou libera críticos do Kremlin

Uma troca de prisioneiros envolvendo o Ocidente e a Rússia, apesar das relações tensas, foi insinuada por algum tempo. Agora, vários prisioneiros foram libertados.

O presidente russo Vladimir Putin tem falado recentemente várias vezes sobre a possibilidade de uma...
O presidente russo Vladimir Putin tem falado recentemente várias vezes sobre a possibilidade de uma troca de prisioneiros com o Ocidente.

- Grande troca de prisioneiros <unk> Moscou libera críticos do Kremlin

Rússia, os EUA, Alemanha e outros países realizaram uma troca de prisioneiros, de acordo com a Organização Nacional de Inteligência da Turquia (MIT). Entre os 26 prisioneiros envolvidos estava Vadim K., o chamado "assassino de Tiergarten" que estava detido na Alemanha. A Rússia, com a mediação da MIT, libertou, entre outros, os cidadãos dos EUA Evan Gershkovich e Paul Whelan, condenados por espionagem, e vários críticos do Kremlin. Também foi libertado o alemão Rico K., que foi perdoado na Bielorrússia após ser condenado à morte.

A MIT anunciou que sete aviões estiveram envolvidos na troca, que ocorreu em Ancara e também envolveu prisioneiros na Polônia, Eslovênia, Noruega e Bielorrússia. A MIT organizou o acordo, descrevendo-o como uma "troca de prisioneiros histórica".

Entre os russos libertados estavam políticos da oposição proeminentes, como Vladimir Kara-Mursa e Ilya Yashin, de acordo com a MIT. Em troca, a Rússia garantiu a libertação de seus cidadãos detidos no Ocidente.

A troca vinha sendo esperada há algum tempo, com o presidente russo Vladimir Putin expressando repetidamente sua disposição. Putin tem sido criticado por usar prisioneiros políticos como reféns para assegurar a libertação de russos detidos em prisões ocidentais. Os EUA, por exemplo, insistiram na libertação do repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que foi condenado por espionagem.

Putin queria o retorno do "assassino de Tiergarten" para a Rússia

Putin tinha um interesse particular no nacional russo preso na Alemanha. O chamado "assassino de Tiergarten" havia matado um nacional georgiano que procurava asilo na Alemanha. Putin apoiou publicamente o assassino, alegando que ele havia eliminado um inimigo do estado. A vítima, disse Putin, era um "bandido", "assassino" e "pessoa sanguinária".

Um tribunal de Berlim decidiu em 2021 que o russo havia assassinado o georgiano em um parque em 2019 por ordem de Moscou. O homem havia estado na mira de Moscou por anos, acusado de liderar uma milícia contra a Rússia durante a Segunda Guerra Chechena e ser responsável pela morte de dezenas de forças de segurança russas.

Oponentes proeminentes do Kremlin libertados

Antes do anúncio da troca de prisioneiros, havia relatórios de transferências incomuns de prisioneiros políticos na Rússia. Eles pareciam estar sendo levados para Moscou para a troca. Entre os russos libertados estavam o ativista de direitos humanos Oleg Orlov da organização Memorial e a artista Alexandra Skotchenyko.

Todos são oponentes da guerra da Rússia contra a Ucrânia e receberam longas sentenças de prisão. O Ocidente havia criticado os veredictos como politicamente motivados e exigido a libertação dos prisioneiros.

Prisioneiros trocados apesar da guerra em andamento

Os russos recém-libertados agora poderiam esperar honras e cargos políticos, como cadeiras na Duma do Estado, após seu retorno ao lar, de acordo com a cientista política Tatiana Stanovaya. Ela havia relatado anteriormente que uma grande troca estava em andamento.

Stanovaya disse que a troca teve que acontecer rapidamente porque o presidente dos EUA, Joe Biden, queria encerrar seu mandato. Putin, ela disse, estava interessado no acordo para não colocar em risco as eleições americanas. Para o Kremlin, isso é prova de que os americanos podem ser flexíveis e práticos quando querem alguma coisa. "Isso significa que eles também poderiam estar abertos a um acordo sobre a Ucrânia, se quisessem, é claro".

Os EUA e a Rússia, apesar de suas relações tensas no passado, trocaram repetidamente prisioneiros. Em dezembro de 2022, durante a invasão russa da Ucrânia em andamento, a jogadora de basquete americana Brittney Griner, condenada por tráfico de drogas, foi libertada. Em troca, Moscou recebeu o traficante de armas russo Viktor Bout, que havia sido condenado nos EUA. Após seu retorno, Bout expressou apoio à invasão da Rússia na Ucrânia e agora é político.

A troca de prisioneiros mais recente envolveu a libertação de políticos da oposição proeminentes na Rússia, como Vladimir Kara-Mursa e Ilya Yashin, de acordo com a MIT. Putin vinha pressionando pelo retorno do nacional russo preso na Alemanha, conhecido como o "assassino de Tiergarten", que esteve envolvido nessa troca.

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