Nações Unidas - Exigências urgentes de cessar-fogo em Gaza
Os Emirados Árabes Unidos apresentaram um novo projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU, apelando a um cessar-fogo. "Os Emirados Árabes Unidos apelam à adoção urgente de uma resolução a favor de um cessar-fogo humanitário e acabam de apresentar um projeto ao Conselho de Segurança da ONU", anunciou a Missão Permanente do Estado do Golfo na quinta-feira, através do serviço de mensagens curtas X (antigo Twitter).
A situação na Faixa de Gaza é catastrófica e quase irreversível. "Não podemos esperar. O Conselho deve atuar de forma decisiva para apelar a um cessar-fogo humanitário", continua a mensagem. Até à data, tentativas semelhantes falharam devido à resistência dos EUA.
Guterres dá um passo raro
Numa atitude rara, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, já tinha instado o Conselho de Segurança da ONU a tomar medidas para evitar uma catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. Numa carta enviada ao Conselho de Segurança na quarta-feira, o chefe da ONU invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas pela primeira vez desde que assumiu o cargo em 2017. Este artigo permite ao secretário-geral chamar a atenção do Conselho de Segurança para "qualquer assunto que, na sua opinião, possa pôr em perigo a manutenção da paz e da segurança internacionais" e, segundo a ONU, não é aplicado há décadas.
"Reitero o meu apelo para que seja declarado um cessar-fogo humanitário. É urgente. A população civil deve ser poupada a maiores sofrimentos", diz a carta.
No entanto, Guterres foi alvo de duras críticas por parte de Israel. "O seu pedido para ativar o artigo 99 e a exigência de um cessar-fogo em Gaza constituem um apoio à organização terrorista Hamas", escreveu o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, no X. Por outro lado, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, juntou-se ao apelo de Guterres e pediu aos membros da UE no Conselho de Segurança da ONU que apoiassem a sua iniciativa. O Conselho de Segurança deve atuar imediatamente para evitar o colapso total da situação humanitária, escreveu Borrell no X na quinta-feira.
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Fonte: www.stern.de