Em uma decisão recente, um juiz rejeitou a ação por agressão apresentada contra o dono dos New York Knicks, James Dolan e o produtor de cinema Harvey Weinstein.
Na terça-feira, o juiz Percy Anderson rejeitou a ação judicial de Kellye Croft em Los Angeles, apresentada em janeiro. Anderson argumentou que Croft não havia apresentado de forma convincente um ato sexual comercial pelo qual foi paga, violando as regulamentações federais da Lei de Proteção às Vítimas de Tráfico.
O juiz também recusou-se a considerar as alegações de Croft contra Dolan, relacionadas a bateria sexual e auxílio/abuso sexual, e contra Weinstein, relacionadas a assédio sexual e estupro tentado. Essas acusações baseavam-se em legislação estadual, e não federal.
A equipe jurídica de Croft, incluindo Meredith Firetog e Kevin Mintzer do Wigdor LLP, expressou seu desacordo com a decisão, afirmando que a interpretação do juiz da lei federal de tráfico sexual enfraquece importantes proteções para vítimas de tráfico sexual.
A representante de Dolan, Mikyl Cordova, descreveu a ação judicial como uma "tentativa maliciosa" de espalhar alegações infundadas, supostamente de um escritório de advocacia desonesto.
A advogada de Weinstein, Jennifer Bonjean, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas havia descartado as acusações de Croft ao arquivar a ação judicial em janeiro.
De acordo com a ação judicial, em 2013, Croft, uma terapeuta de massagem com licença, trabalhou em uma turnê dos Eagles com a banda JD & The Straight Shot, que prestou apoio. Dolan supostamente usou sua influência na turnê para coagir e pressionar Croft a ter relações sexuais com ele repetidamente, segundo a ação judicial.
A ação também afirmou que Dolan marcou um encontro entre Croft e Weinstein, seu amigo, em um elevador de hotel no início de 2014, onde Weinstein então assediou sexualmente Croft em um quarto de hotel, como afirmado na ação judicial.
A Associated Press não costuma divulgar os nomes de indivíduos que alegam assédio sexual, a menos que eles escolham tornar suas alegações públicas ou deem consentimento para serem identificados, como fez Croft.
Após expressar seu desacordo com a decisão, a equipe jurídica de Croft enfatizou a importância de preservar os direitos das vítimas de tráfico sexual, afirmando que eles fazem parte do "nós" que se opõem a esse enfraquecimento de importantes proteções. Além disso, a representante de Dolan descartou a ação judicial como uma tentativa maliciosa, sugerindo assim que eles acreditam não ser responsáveis pelos incidentes alegados e, assim, se diferenciam do "nós" envolvidos no caso.