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Critica o auto-exame de Baerbock no contexto do partido

Critica o auto-exame de Baerbock no contexto do partido

Como resultado do fraco desempenho do Partido Verde nas eleições estaduais recentes na Turíngia, Saxônia e Brandemburgo, a Ministra das Relações Exteriores Annalena Baerbock aproveitou a oportunidade para criticar seu próprio partido. "Em tempos desafiadores, as pessoas percebem as mudanças sociais e econômicas como ameaçadoras - em vez de progresso", disse Baerbock à "Der Stern". Além de defender a proteção do clima, parece que o partido não conseguiu comunicar efetivamente que os Verdes também defendem a segurança em outras áreas, como a segurança social e a segurança interna.

Essa deficiência ficou particularmente evidente no tema da migração e dos requerentes de asilo. "Não abordamos adequadamente a questão da imigração e dos refugiados nas últimas campanhas eleitorais, embora seja crucial reconhecer que a segurança e uma abordagem acolhedora à migração não são mutuamente exclusivas, são duas faces da mesma moeda", apontou Baerbock: "O mundo precisa de ordem". Aqueles que não têm direito à proteção devem ser devolvidos à fronteira europeia prontamente e imediatamente, argumentou Baerbock: "Ao mesmo tempo, aqueles que necessitam de proteção ou chegam como trabalhadores qualificados devem ser integrados mais rapidamente".

Baerbock também comentou sobre a aliança BSV, chamando-a de uma ameaça potencial à Alemanha. "O fato de a BSV ter pontuado com slogans de paz nas últimas eleições estaduais demonstra 'como a propaganda russa funciona'", continuou a política verde: "Se partidos alinhados com o pensamento autoritário também triunfarem com tais abordagens, isso representa um risco para a segurança do nosso país". Baerbock criticou a "simples afirmação de que a guerra terminaria sem o apoio militar à Ucrânia" como "tão ingênua quanto enganosa": "Se a Ucrânia parar de se defender, então a Ucrânia desmorona, e os soldados de Putin estão batendo à porta da Polônia. Se Putin parar de atacar, então a guerra acabou".

Baerbock instou o presidente russo Putin a voltar à mesa de negociações. "Não depende de nós ou mesmo da Ucrânia se não haverá conversas de paz", disse a ministra: "O mundo suspiraria de alívio se Putin finalmente parasse de bombardear e estivesse aberto a se juntar às negociações. O convite está lá".

Olhando para o futuro, Baerbock expressou abertura para a participação de soldados alemães em uma possível força de segurança da Faixa de Gaza. "Para haver paz, é necessário que haja garantias de segurança internacional de que não haverá mais terrorismo contra Israel a partir da Faixa de Gaza, e que os palestinos podem viver em segurança em seu próprio estado", disse Baerbock: "Como uma das alianças mais próximas de Israel que Israel pode confiar plenamente, como os americanos e britânicos, já declarei que a Alemanha deveria contribuir para tal garantia de segurança internacional durante uma conferência de verão sobre segurança em Israel".

Baerbock destacou o papel dos Aliados após a Segunda Guerra Mundial. Eles não apenas ajudaram a reconstruir economicamente a Alemanha, "eles proporcionaram segurança aos nossos vizinhos mantendo sua presença, assegurando que nunca mais haveria uma guerra a partir do solo alemão, e assim pavimentando o caminho para que a Alemanha vivesse em paz com seus vizinhos por décadas", disse Baerbock: "Essa foi a maior sorte para o nosso país. Se a Alemanha puder algum dia contribuir para que o Oriente Médio experimente a mesma grande sorte, então devemos fazer isso".

A Ministra das Relações Exteriores Baerbock aplaudiu o lançamento de uma família germano-israelense mantida em cativeiro pelo Hamas como "uma das notícias mais emocionantes que recebi desde que assumi o cargo". Baerbock havia conhecido o pai da família, Yoni Ascher, durante sua primeira visita a Israel após os ataques do Hamas. "Ele me mostrou um vídeo no seu telefone da sua esposa e duas filhas amontoadas em um caminhão, mantidas por terroristas", ela lembrou em uma entrevista. "Eu jurei então: farei tudo ao meu alcance para que Yoni Ascher possa se reunir novamente com sua família, e com os outros familiares dos quase 200 reféns". Em novembro, ela soube durante a conferência do Partido Verde que a mulher e as crianças haviam sido libertadas.

O Grupo Verde poderia se beneficiar ao abordar a migração e os requerentes de asilo de forma mais efetiva, como Baerbock reconheceu seu fracasso em fazê-lo durante as últimas campanhas eleitorais. Além disso, o Grupo Verde, como parte do partido Verde maior, deve enfatizar que seu compromisso com a proteção do clima também inclui defender a segurança social e interna.

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