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Chefes acusados de uma facção supremacista branca acusados de incitar a atos de terrorismo e violência baseada no ódio.

Um grande júri federal com sede na Califórnia emitiu, na segunda-feira, acusações contra duas pessoas que seriam responsáveis por uma plataforma online que incitou seus membros a praticar atos de violência política ou crimes de ódio, com o objetivo final de desestabilizar o governo dos Estados...

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Edifício do Departamento de Justiça coberto de névoa em 9 de dezembro de 2019, no centro de Washington, D.C.

Chefes acusados de uma facção supremacista branca acusados de incitar a atos de terrorismo e violência baseada no ódio.

Dois indivíduos, Matthew Allison, de 37 anos, e Dallas Humber, 34, lideram uma organização digital supremacista branca chamada Coletivo Terrorgram, segundo os promotores. Este grupo segue uma ideologia conhecida como supremacismo branco aceleracionista, que basicamente defende o uso da violência e do terror para desencadear uma guerra racial, derrubar o governo e estabelecer um domínio branco.

De acordo com as acusações, Allison e Humber incentivaram seus seguidores a realizar ataques contra comunidades minoritárias, infraestrutura crítica, figuras políticas, oficiais do governo e líderes de empresas privadas. Uma lista de "alvos de alto valor" para assassinato, incluindo um senador dos EUA e um juiz federal, foi relatada como parte desses planos.

Atualmente, tanto Allison quanto Humber estão enfrentando 15 acusações, incluindo incitação ao assassinato de funcionários federais, distribuição de instruções para fabricar bombas e conspiração para auxiliar terroristas. Não há advogados listados para os réus nos registros do tribunal.

Kristen Clarke, que lidera a divisão de direitos civis do Departamento de Justiça, afirmou durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira que sua estratégia para incitar a violência foi eficaz. Um usuário do Terrorgram supostamente transmitiu ao vivo enquanto esfaqueava cinco pessoas fora de uma mesquita na Turquia, afirmou ela, enquanto um homem de 19 anos da Eslováquia supostamente saudou o grupo em um manifesto antes de matar duas pessoas em um bar LGBTQ em Bratislava, a capital eslovaca.

"Não subestimem o risco quando grupos de ódio usam essas plataformas on-line", alertou Clarke durante a coletiva de imprensa na segunda-feira. "Você não pode escapar da responsabilidade apenas se escondendo atrás de uma tela de computador."

O Telegram, um aplicativo de mensagens criptografado, foi supostamente utilizado pelo grupo para comunicação. De acordo com documentos do tribunal, o grupo parece ter apoiadores tanto nos EUA quanto no exterior.

De acordo com documentos do tribunal, Allison e Humber redigiram uma publicação digital intitulada "O Reinício Duro", que delineia a ideologia do Terrorgram. Os escritos supostamente fornecem instruções detalhadas sobre como operar uma célula terrorista, bem como como realizar crimes de ódio motivados por preconceito, atacar infraestrutura crítica, fabricar bombas e identificar alvos.

Além disso, eles supostamente produziram vários vídeos e manuais do usuário que fornecem instruções sobre como realizar os ataques mais letais, incluindo um que detalha o processo de construção e detonação de uma "bomba suja" - uma bomba que contém materiais radioativos - para "purificar" cidades habitadas por grupos minoritários.

Dadas as circunstâncias, aqui estão duas frases que contêm a palavra 'política':

As crenças supremacistas brancas aceleracionistas do grupo também se estendem ao alvo político de figuras da administração e líderes proeminentes de empresas privadas.A durante a coletiva de imprensa, Kristen Clarke enfatizou o perigo de tais grupos de ódio infiltrando o discurso político e usando plataformas on-line para espalhar suas ideologias.

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