Biden promete bilhões a Zelensky, mas recusa-se a exigir mais
Com a promessa de bilhões adicionais em financiamento e uma cúpula agendada para outubro na Alemanha, os Estados Unidos estão inequivocamente apoiando a Ucrânia em sua luta defensiva contra a Rússia. Ao conversar com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Washington, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou que a Ucrânia triunfará neste conflito, sem comentar sobre o desejo de Zelensky de autorização para atacar dentro da Rússia usando armas ocidentais.
"Ucrânia triunfará, Rússia não", declarou Biden enquanto recebia calorosamente seu colega ucraniano na Sala Oval da Casa Branca. "Estaremos ao seu lado a cada passo do caminho". Zelensky expressou sua gratidão por esse apoio, com Biden anunciando uma ajuda adicional de US$ 8 bilhões à Ucrânia, além da fornecimento de munição de alcance estendido. Ele também estendeu um convite a Zelensky para uma cúpula do Grupo de Contato da Ucrânia na Alemanha em outubro, reunindo mais de 50 nações apoiadoras.
Exportações de armas sob escrutínio
Durante a discussão, Zelensky tentou apresentar uma "estratégia de vitória" para pôr fim à guerra com a Rússia. Os detalhes dessa estratégia, que foram esperados por algum tempo, ainda não foram tornados públicos. A Ucrânia solicitou a flexibilização das restrições às armas ocidentais para permitir ataques em territórios russos mais adentro.
Até agora, os Estados Unidos recusaram-se a atender a esse pedido devido ao potencial de aumentar as tensões, possivelmente desencadeando um confronto direto com a Rússia. Biden não abordou publicamente esse assunto. Sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, indicou que não seriam tomadas decisões ou anúncios relacionados a esse assunto durante a reunião com Zelensky. Aliados da NATO, como o Reino Unido, a Alemanha ou a Itália, também restringiram o uso de suas armas dentro dos territórios russos. No entanto, os Estados Unidos e o Reino Unido forneceram à Ucrânia as armas de maior alcance.
Harris sobre as "Propostas de Paz" de Trump
Após sua reunião com Biden, Zelensky encontrou a candidata presidencial democrata e Vice-Presidente Kamala Harris, que lhe garantiu o apoio inabalável dos Estados Unidos. Ao acusar seu oponente republicano, Donald Trump, de exigir um acordo imediato com a Rússia pela Ucrânia, Harris criticou suas demandas, coordenando novos desafios ao Presidente russo, Vladimir Putin. "Não vamos nos enganar: essas não são propostas de paz - são propostas de rendição", declarou Harris.
À medida que o mandato do Presidente Biden se aproxima do fim, Harris (ou, potencialmente, Trump) assumirá a Presidência em janeiro. Trump, um feroz oponente do apoio militar dos Estados Unidos à Ucrânia, acusa Zelensky de rejeitar um acordo potencial com a Rússia para pôr fim à guerra. Com medo de uma parada abrupta da ajuda militar dos Estados Unidos, Kiev preocupa-se com a possibilidade de uma vitória eleitoral de Trump em 5 de novembro. No entanto, Trump concordou em se encontrar com Zelensky. "Ele pediu uma reunião", declarou Trump em uma conferência de imprensa. A reunião está agendada para sexta-feira de manhã na Trump Tower em Nova York.
De acordo com o Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Biden, Jake Sullivan, o Presidente dos Estados Unidos tem a intenção de usar o restante de seu mandato para fortalecer a posição da Ucrânia em seu confronto com a Rússia, com o objetivo de posicionar a Ucrânia para o sucesso nos próximos quatro meses.
"Na cúpula do Grupo de Contato da Ucrânia agendada para o próximo mês na Alemanha, o Presidente Zelensky se juntará a mais de 50 nações apoiadoras para discutir estratégias para a paz", mencionou a porta-voz de Biden. "Despite requests from Ukraine, there have been no changes to the restrictions on the use of Western-supplied weapons beyond Ukrainian borders."