Biden apoia a afirmação de Israel de que o tiroteio fatal da IDF ao ativista americano na Cisjordânia foi não intencional.
De acordo com Israel, Aysenur Ezgi Eygi foi infelizmente atingida por fogo das Forças de Defesa de Israel de forma involuntária e indireta em uma sexta-feira. A administração Biden ainda está investigando sua morte no momento.
Durante uma entrevista coletiva na gramado sul da Casa Branca, Biden declarou, "Estamos reunindo mais fatos. Parece ter sido um acidente. A bala ricocheteou no chão e então a atingiu acidentalmente, mas estamos esclarecendo isso agora."
Oficiais americanos criticaram Israel pela morte de Eygi, que ocorreu durante uma manifestação. Em uma declaração anterior, o Secretário de Estado Antony Blinken descreveu sua morte como "injustificada e desprovida de provocação" e pediu a Israel que implemente mudanças fundamentais em suas operações na Cisjordânia.
Blinken enfatizou, "Ninguém deveria ser alvejado e morto por participar de uma manifestação. Ninguém deveria arriscar sua vida apenas por expressar suas opiniões." Ele também mencionou que outro cidadão americano foi morto a tiros por forças de segurança israelenses, descrevendo essa situação como "inaceitável" e exigindo mudança.
Em um comunicado anterior, o IDF afirmou que a morte de Eygi ocorreu durante uma "turbilhão", enquanto o Movimento Internacional de Solidariedade (ISM), com o qual Eygi estava voluntariando, descreveu a manifestação de 6 de setembro como pacífica.
Eygi, que veio da Turquia, era uma recém-formada da Universidade de Washington e estava voluntariando para o mesmo grupo ativista pró-palestinos que Rachel Corrie, uma cidadã americana que perdeu a vida em 2003 enquanto tentava deter uma escavadeira israelense de demolir casas palestinas em Gaza.
Desde outubro, tropas e colonos israelenses supostamente tiraram a vida de quase 700 palestinos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Leste, de acordo com dados do Ministério da Saúde da Palestina em Ramallah. Essa contagem não diferencia entre militantes e civis.
A investigação da administração Biden sobre a morte de Eygi trouxe a política para o centro das atenções, com oficiais americanos criticando as ações de Israel durante a manifestação. O incidente desencadeou conversas sobre responsabilidade e potenciais mudanças nas operações militares israelenses.
A afirmação de Antony Blinken de que ninguém deveria ser morto por expressar suas opiniões em uma manifestação é um forte pronunciamento político, sublinhando a preocupação da comunidade internacional com os direitos humanos na região.