- As fronteiras russas testemunharam a derrubada de aviões não tripulados ucranianos perto de Moscou.
Em arredores de Moscou, onze drones ucranianos foram abatidos durante a noite de terça-feira, aparentemente rumo à capital russa. Segundo o Ministério da Defesa russo, um total de 45 veículos aéreos não tripulados ucranianos foram interceptados pela defesa aérea. Não houve relatórios iniciais de confirmação ou declarações das forças ucranianas, e remained incerteza sobre o tipo de drones.
Alguns desses drones caíram no distrito de Podolsk, localizado a cerca de 30 milhas ao sul da fronteira de Moscou, como declarou o prefeito Sergei Sobyanin. Ele descreveu isso como o maior ataque do tipo. O ministério informou que 23 drones foram abatidos sobre a região de Bryansk. Em todos os casos, não houve relatórios iniciais de vítimas ou danos.
Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia vem sofrendo ataques aéreos noturnos. Explosões foram relatadas na região ucraniana ocidental de Khmelnytskyi durante a noite de terça-feira.
Avanço ucraniano persistente em Kursk. Segundo seu comandante, Alexander Syrsky, eles agora controlam 1263 quilômetros quadrados e 93 assentamentos na região. Anteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy havia mencionado controlar 1250 quilômetros quadrados e 92 locais.
Zelenskyy elogia as forças armadas
Em um discurso diário, desta vez na cidade industrial central ucraniana de Kropyvnytskyi, Zelenskyy elogiou as forças armadas. Ele reconheceu a situação desafiadora na Ucrânia oriental, especialmente nas cidades de Pokrovsk e Toretsk, mas disse: "Os defensores estão fazendo tudo para eliminar os invasores." Ele destacou o progresso na região de Kursk, onde o exército ucraniano está fazendo mais avanços territoriais. O presidente destacou a captura de soldados russos como uma prioridade para trocá-los por prisioneiros ucranianos mais tarde.
No segundo ano da guerra russa contra a Ucrânia, o ataque lançado há duas semanas marcou a primeira vez que a guerra entrou no território do agressor. Especialistas militares afirmam que a situação na região de Kursk é desafiadora para as tropas russas estacionadas lá, com unidades ao sul do rio Seym em risco de serem cercadas após a explosão de várias pontes. Vídeos circulando online mostram drones ucranianos destruindo veículos militares que tentam construir pontes improvisadas sobre o rio.
Pentágono: Rússia luta na contra-ofensiva de Kursk
O Departamento de Defesa dos EUA também avalia que a Rússia está lutando para responder à contra-ofensiva ucraniana em Kursk. O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, afirmou em Washington que há sinais de que Moscou está movendo um pequeno número de unidades para a área, mas acrescentou: "No geral, eu diria que a Rússia está realmente lutando para responder." Ryder enfatizou que a Ucrânia "claramente colocou seu oponente em desvantagem". As forças ucranianas continuam a avançar na região.
Quanto à possibilidade de Washington endossar publicamente o avanço da Ucrânia, Ryder não deu uma resposta direta, mas se referiu a Selenskyj. O porta-voz dos EUA explicou que Selenskyj havia mencionado a criação de uma zona de buffer e que as discussões com Kyiv continuam para entender os objetivos exatos. No entanto, Ryder reiterou que a contra-ofensiva ucraniana em Kursk não altera o apoio dos EUA a Kyiv.
Presidente Putin faz paralelos com o terrorismo
O presidente russo Vladimir Putin tem lutado para encontrar uma resposta adequada ao avanço da Ucrânia. Durante uma viagem ao Cáucaso, tentou comparar a ofensiva a um incidente de sequestro em massa de 20 anos atrás. "Sabemos muito bem que não apenas o crime hediondo foi tentado ser justificado do exterior, mas os terroristas também receberam todo tipo de apoio: moral, político, informacional e financeiro", disse Putin em um evento memorial na cidade de Beslan.
Em Beslan, mais de 30 terroristas tomaram mais de 1.100 reféns - crianças, pais e professores - em uma escola em setembro de 2004. Durante a tomada da escola, 334 pessoas morreram, mais da metade delas crianças. Putin afirmou que a Rússia ainda deve lutar contra esses "inimigos da Rússia" hoje, que agora estão cometendo crimes na região de Kursk e no Donbass. No entanto, ele garantiu que a Rússia também derrotaria os "neo-nazistas", como fez contra os terroristas no passado. Putin não apresentou provas que liguem os terroristas chechenos da época aos ucranianos defendendo-se contra a invasão de Moscou.
Durante uma viagem subsequente à Chechênia, Putin visitou um centro de treinamento de forças especiais com o líder regional Ramzan Kadyrov, onde soldados russos agora estão sendo treinados para a guerra.
Significado de quarta-feira
Na quarta-feira, tanto Putin quanto o primeiro-ministro Mikhail Mishustin receberão o primeiro-ministro chinês Li Qiang. Li Qiang está em Moscou de 20 a 22 de agosto, a convite de Mishustin. A China é considerada o parceiro mais importante da Rússia. Desde o início de sua invasão, Moscou tornou-se dependente de Pequim. Ao contrário da Europa e dos EUA, a China não condenou a guerra da Rússia e expandiu o comércio com seu vizinho apesar das sanções ocidentais.
Discurso do presidente Selenskyj
No contexto dos conflitos em andamento, o presidente Zelenskyy destacou a importância de capturar soldados russos para facilitar trocas de prisioneiros, como parte da estratégia de contra-ofensiva da Ucrânia contra a invasão russa. Apesar das lutas da Rússia em Kursk, o presidente Putin faz paralelos entre a defesa da Ucrânia e atos de terrorismo do passado, como o crise de reféns de Beslan em 2004.